Faixas que a Fifa impediu que seleções usassem nos jogos do Catar estão chamando a atenção; campanha começou dentro do futebol holandês
As braçadeiras “OneLove” proibidas pela Fifa na Copa do Mundo no Catar e destinadas a enviar uma mensagem de tolerância, conexão e oposição a todas as formas de discriminação, estão no centro das atenções desde que a Fifa ameaçou vários capitães de times europeus com cartões amarelos se eles as usassem para apoiar as pessoas LGBTQ no Catar, onde a homossexualidade é ilegal.
Agora, a empresa que fabrica as braçadeiras em Utrecht, na Holanda, diz que o objeto esgotou depois de enviar 10 mil unidades, principalmente nas últimas duas semanas. “O grande boom veio na verdade com a Copa do Mundo chegando e com certeza a declaração da Fifa de não permitir essas braçadeiras de capitães em campo”, disse o CEO da Badge Direct BV, Roland Heerkens, em entrevista.
A demanda pelas braçadeiras, lançadas originalmente em 2020 como parte de uma campanha de inclusão da federação holandesa de futebol, era apenas “mais ou menos” até este verão, disse Heerkens.
O símbolo da One Love tem um coração pintado em listras de seis cores e o número 1 ao centro da imagem. É colorido, mas não o arco-íris específico da bandeira LGBTQIA+ – considerando o espectro de cores visível ao olho humano. No caso da One Love, a mistura de cores retratada simboliza diferentes raças, origens, identidades de gênero e orientações sexuais. No vermelho, preto e verde está o símbolo de raça e origem. No rosa, amarelo e azul… estão representadas todas as identidades de gênero e orientações sexuais.
A campanha começou especificamente dentro do futebol holandês, no dia 26 de setembro de 2020, com uma carta aberta assinada por mais de 60 representantes de clubes de futebol. Ela tem o lema inspirado em uma citação de Nelson Mandela – de que “O futebol tem o poder de unir as pessoas” – e faz parte de uma campanha ainda mais ampla: a “Ons Voetbal Is Van Alles”.