Negócio envolveu compra de ações do Conglomerado Financeiro Alfa de holding gerida por herdeiras do banqueiro Aloysio Faria
O Banco Safra comprou a participação que a Administradora Fortaleza detinha no Conglomerado Financeiro Alfa, no momento no qual se especula no mercado que o BTG Pactual estuda a compra do grupo fundado por Aloysio de Andrade Faria. A operação foi fechada na quarta-feira (23) por R$ 1,03 bilhão.
A aquisição foi feita junto à Administradora Fortaleza, controlada pelas 5 filhas herdeiras do banqueiro Aloysio Faria, morto em 2020. A holding vendeu a totalidade das ações que detinha no conglomerado.
Além do banco, que gere aproximadamente R$ 24,5 bilhões em ativos e tem carteira de crédito de R$ 9 bilhões, a incorporação também envolve uma administradora de consórcios, uma seguradora, uma corretora de seguros e uma financeira do Alfa.
Em nota divulgada, as instituições não deram mais detalhes do negócio, além das considerações de praxes, como o alinhamento de sinergias nas estratégias de longo prazo, conforme dois dos principais executivos de ambos, David Safra e Fábio Amorosino.
“A transação é um marco na história do banco no Brasil”, enfatizou o herdeiro do secular banco familiar.
O Banco Alfa foi fundado em 1998 pelo banqueiro Aloysio Faria (1920-2020) depois da venda do Banco Real para o banco holandês ABN Amro, posteriormente incorporado ao Banco Santander em 2009. Já o Banco Safra, do banqueiro Joseph Safra (1938-2020), tem patrimônio líquido de R$ 15,5 bilhões, com total de ativos estimado em R$ 270 bilhões. Os Safras possuem bancos no Brasil, Suíça e Estados Unidos, uma fatia na Chiquita Brands International, e extenso portfólio imobiliário.