A escalação reforça os sinais de que ele pode ser o escolhido para comandar a Fazenda
Pressionado a anunciar o nome do seu ministro da Fazenda para negociar a PEC do Bolsa Família, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, recuperando-se do procedimento cirúrgico na garganta, escalou Fernando Haddad para substituí-lo no almoço anual da Febraban, que acontece nesta sexta-feira (25) Haddad vai falar no evento, depois do presidente da Febraban, Isaac Sidney, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A escalação de Haddad, na avaliação de petistas, reforça os sinais de que ele pode ser o escolhido para comandar a Fazenda, tendo ao lado Persio Arida, que iria para o Planejamento. Além de Haddad, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que tem mantido contatos com o mercado financeiro, também estará presente ao almoço. A dobradinha de Fernando Haddad e Pérsio Arida no ministério da Economia animou os mercados, com a Bolsa subindo quase 3% e o dólar em queda, a R$ 5,31.
Segundo petistas, Lula quer avaliar a recepção de banqueiros ao nome de Haddad, que não é visto pelo setor como o melhor nome para comandar o Ministério da Fazenda. O mercado financeiro prefere o nome de Persio Arida para a pasta e não para o Ministério do Planejamento.
Interlocutores de Lula alertam, porém, que o fato de escalar Haddad não é uma garantia de que ele irá para o posto principal da equipe econômica. Por sinal, aliados de Haddad preferem que ele vá para um ministério da área social para se cacifar para suceder Lula em 2026.
No caso da PEC do Bolsa Família, o Senado virou o principal problema para o presidente eleito, principalmente o senador Davi Alcolumbre. Em reunião com senadores aliados do petista, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça deixou claro que só vai definir a tramitação da PEC do Bolsa Família após conversar pessoalmente com Lula.