Petista também pretende reabrir os postos de adidos militares em locais considerados como estratégicos pelo continente
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pretende reabrir as embaixadas brasileiras no exterior fechadas durante o governo Jair Bolsonaro (PL) e, além disso, vai também estabelecer novos postos diplomáticos em regiões onde o Brasil não tem representação, informa Jamil Chade, do UOL.
As informações são do ex-chanceler Celso Amorim, membro do grupo de transição no Itamaraty e conselheiro de Lula para geopolítica.
Em 2020, o governo Bolsonaro encerrou as atividades das embaixadas em Freetown (Serra Leoa) e Monróvia (Libéria). Seus serviços foram deslocados para a embaixada do Brasil em Acra (Gana). Ideia é reerguer as embaixadas e criar novos postos em Ruanda e Gâmbia.
No mesmo ano, Bolsonaro também fechou embaixadas no Caribe: Saint George’s (Granada), Roseau (Dominica), Basseterre (São Cristóvão e Névis), Kingstown (São Vicente e Granadinas) e Saint John (Antígua e Barbuda). As funções diplomáticas desta região foram acumuladas em Bridgetown (Barbados).
Antes do ex-capitão assumir a presidência do país, o Brasil contava com cerca de 140 representações no exterior. Mas, antes mesmo de assumir, ele indicou que iria fechar embaixadas “ociosas”. No entanto, a retirada de diversas regiões do Brasil não ocorreu apenas por conta do encerramento de embaixadas. Em diversos postos em continentes que não eram considerados como prioridade, o Itamaraty sequer enviava com frequência instruções aos seus diplomatas lotados nas embaixadas brasileiras.
Além das embaixadas, o governo Lula pretende reabrir os postos de adidos militares em locais considerados como estratégicos pelo continente.