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Vacinações e internações despencam; momento do autoteste; dívidas do bloqueio chinês

Queda de testes positivos

Apesar da alta de casos de covid-19, dados de laboratórios indicam que a nova onda de infecção já está diminuindo. De acordo com o Instituto Todos Pela Saúde, a positividade de testes para SARS-CoV-2 atingiu pico de 41% na semana encerrada em 19 de novembro e, então, passou a cair. Até 26 de novembro, o percentual de testes positivos registrado foi de 33%. Segundo o Instituto, este pode ser um sinal de que a terceira onda da ômicron deve ser menos aguda do que as anteriores. As análises são com base em 493.140 testes realizados pelos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular e HLAGyn, de 1º de fevereiro a 26 de novembro.

Internações começam a cair em SP

O surgimento de uma nova subvariante do coronavírus e a pouca adesão ao reforço das vacinas causaram um aumento na transmissão do vírus no Brasil em novembro. Mas depois de um mês com rápida alta de diagnósticos e hospitalizações, as internações no SUS (Sistema Único de Saúde) e em hospitais privados começam a se estabilizar em São Paulo. “Os dados de internação apontam para estabilização na capital e Grande São Paulo, enquanto o interior se mantém em franca ascensão”, confirmou Wallace Casaca, um dos coordenadores da Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia da USP (Universidade de São Paulo) e Unesp (Universidade Estadual Paulista).

O que MONEY REPORT publicou

Cresce a procura por autotestes

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil já registra mais de 690 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia, com um número total de casos confirmados ultrapassando os 35 milhões. No marketplace de farmácias Consulta Remédios, a busca por autotestes de covid-19 apresentou aumento significativo em novembro, com 216% mais visualizações de páginas deste tipo de produto em relação a outubro. A alta acontece após quatro meses de diminuição da busca por autotestes na plataforma e em meio ao alerta de nova onda de transmissão e casos de novas variantes da doença. 

Crise na cobertura vacinal

A má gestão do Programa Nacional de Imunização (PNI), de responsabilidade do Ministério da Saúde, acarretou a entrega de um governo sem um planejamento para a execução do programa para o próximo ano. O presidente Jair Bolsonaro (PL) deixará a administração do país com um dos índices mais baixos de vacinação desde 2015. A campanha de imunização promovida pela pasta teve que ser estendida até o fim de setembro e não atingiu mais que 70% da população. Além disso, a falta de recursos na área poderá comprometer o fornecimento de vacinas em 2023. Além da má gestão, especialistas apontam a permissividade de uma nova geração de pais, que, por não terem presenciado os efeitos de doenças já erradicadas, estão distantes das consequências provocadas pelas doenças. Esse grupo teve a narrativa antivacina fortalecida pelo discurso político no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Infarto e derrame pós contaminação

Segundo a infectologista Raquel Stucchi, se 90% das pessoas pegam catapora, ninguém pega catapora duas vezes, mas com a covid-19 vimos que não é assim, a proteção vai diminuindo com o tempo. “Muita da proteção que o nosso organismo produz, não conhecemos ainda exatamente qual o papel e o quanto ela protege. Isso só mostra que as pessoas já tiveram o contato, mas isso não dá tranquilidade para que as pessoas acreditem que tenham proteção e possam se descuidar”, alertou. A especialista ainda ressaltou que a falta de vigilância, ao tentar bloquear a transmissão e fazer o diagnóstico de novas variantes, faz com que a população corra o risco de desenvolver uma nova variante que escape das vacinas já existentes. “Mesmo quem tem um quadro leve, uma gripe, pode ter consequências até nos próximos seis meses depois da infecção. Aumenta o risco de infarto e derrame. A covid-19, é melhor não pegar”, pontuou.

Cidades chinesas sem dinheiro por alto custo de bloqueios

Os protestos desta semana em toda a China mostram o quão impopular a política de covid-zero de Pequim se tornou. Agora, mesmo quando o país sinaliza que pode afrouxar os controles pandêmicos, ele enfrenta outro desafio: os governos locais encarregados de realizar testes em massa e aplicar a quarentena estão ficando sem dinheiro e podem ser forçados a cortar custos ou reduzir outros serviços vitais. A política de covid-zero manteve a China fora da recessão em 2020. Mas, quase três anos depois, as contas estão aumentando, colocando uma pressão financeira extraordinária nas autoridades municipais do país mais populoso do mundo. Se os bloqueios e testes em massa persistirem, “os riscos à estabilidade financeira aumentarão”, disse George Magnus, associado do China Center na Universidade de Oxford.

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