SÃO PAULO (Reuters) – O primeiro leilão de linhas de transmissão de 2018 do Brasil, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), prevê 6 bilhões de reais em investimentos, se todos os 20 lotes ofertados forem arrematados, informou o Ministério de Minas e Energia, nesta sexta-feira.
Se houver interessados em todos os lotes no leilão da próxima quinta-feira, os investidores deverão construir 2.662 km de linhas e subestações com capacidade de transformação de 12.223 megawatt (MWA).
A licitação vem em um momento aquecido dos negócios em transmissão de energia no Brasil, e deve atrair interessados que já atuam no mercado brasileiro, com a Engie Brasil Energia e a Equatorial Energia. Outras empresas, como a indiana Sterlite Power, também já manifestaram interesse.
O último certame no setor, em dezembro passado, foi o primeiro desde 2014 em que todos os lotes de empreendimentos oferecidos aos investidores foram arrematados, com a melhora do retorno aos participantes.
A Receita Anual Permitida (RAP) de referência para o certamente será de cerca de 1 bilhão de reais, segundo o ministério.
Durante a vigência contratual, as receitas dos empreendimentos podem alcançar o montante de 25,7 bilhões de reais.
O leilão da próxima quinta-feira prevê prazo para operação comercial dos empreendimentos de 36 a 60 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.
De acordo com o cronograma da Aneel, a assinatura dos contratos deve ocorrer em 21 de setembro deste ano.
Os empreendimentos leiloados atenderão 16 Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
ENGIE
O Conselho de Administração da Engie Brasil Energia aprovou nesta sexta-feira por unanimidade a participação da companhia no leilão de linhas de transmissão do governo brasileiro.
A companhia, controlada pelo grupo francês Engie, afirmou anteriormente que quer crescer em transmissão no Brasil.
(Por Roberto Samora)