Por Brian Homewood
MOSCOU (Reuters) – Dois ministros do governo da Suíça apoiaram os jogadores Granit Xhaka e Xherdan Shaqiri, da seleção suíça, depois de suas polêmicas comemorações de gol após a vitória por 2 x 1 contra a Sérvia na Copa do Mundo.
A Fifa, entidade que comanda o futebol mundial, abriu processos disciplinares contra os dois jogadores, que têm origem étnica albanesa kosovar e comemoraram seus tentos com gestos que pareciam imitar a águia desenhada na bandeira albanesa.
“Qualquer um que experimente a atmosfera elétrica do jogo pode apreciar mais o desempenho da nossa seleção e pode entender as emoções que tomam conta de cada jogador”, disse o ministro de Defesa, Proteção Civil e Esportes, Guy Parmelin, ao jornal Neue Zurcher Zeitung (NZZ).
O ministro suíço das Relações Exteriores, Ignazio Cassis, também simpatizou com o gesto.
“Eu não tenho dúvidas de que você pode sentir emoções patrióticas pela terra que o recebeu, sem esquecer das suas raízes”, disse.
O regulamento disciplinar da Fifa determina que jogadores culpados por provocar o público podem enfrentar suspensões de dois jogos, e o presidente da Federação Suíça de Futebol, Peter Gillieron, disse que tinha esperanças de que os dois pudessem ser absolvidos. “Seria um golpe muito grande se eles fossem suspensos”, disse.
A Sérvia se recusa a reconhecer a independência de sua antiga província de Kosovo, cuja população de 1,8 milhão é composta majoritariamente por albaneses étnicos e se separou há dez anos.