Para acelerar a votação, texto foi apensado a uma PEC de 2019 que estava mais avançada
O Plenário da Câmara dos Deputados reúne-se nesta terça-feira (13), às 13h55, para votar a Proposta de Emenda à Constituição 32 de 2022, conhecida como a PEC da Transição. O texto aprovado pelo Senado assegura recursos fora da regra do teto de gastos e prevê nova regra fiscal a partir de 2024.
Para acelerar a votação da PEC da Transição, o texto foi apensado à PEC 24 de 2019, da deputada Luisa Canziani (PTB-PR), que permite que recursos diretamente arrecadados pelas universidades – por meio de ampliação de serviços, doações ou convênios – sejam usufruídos integralmente pelas instituições.
A matéria já foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ). Agora, caberá à Câmara discutir a PEC. O texto será submetido a dois turnos de votação e precisará dos votos de ao menos três quintos dos parlamentares (308 dos 513 deputados).
Para garantir que tudo saia como o esperado, o presidente eleito Lula esteve nesta manhã com o o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Como moeda de troca, o deputado deseja apoio do próximo governo em sua campanha de reeleição à presidência da câmara baixa.
Coordenada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), a equipe de transição foi dividida em mais de 30 grupos, entre os quais Economia, Educação, Meio Ambiente, Saúde e Justiça. Coube ao ex-ministro Aloizio Mercadante coordenar os trabalhos dos grupos.
No Twitter, o presidente eleito afirmou que, também nesta terça, receberá os relatórios dos grupos temáticos da transição de governo.
Bom dia. Hoje no centro de transição receberei os relatórios dos Grupos de Trabalho. E irei agradecer o trabalho voluntário de centenas de especialistas, que analisaram a situação deixada pelo atual governo e os desafios dos primeiros dias de 2023.
— Lula (@LulaOficial) December 13, 2022
A PEC
Entre outros pontos, a PEC da Transição:
- eleva o teto de gastos em R$ 145 bilhões;
- exclui as despesas com o Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) do teto de gastos por dois anos.
O governo eleito argumenta que a medida é necessária para garantir o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família em 2023. Isso porque o Orçamento proposto pelo governo Jair Bolsonaro garante o pagamento de R$ 400.
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