Ações buscam aumentar a arrecadação do governo e reduzir o rombo nas contas públicas
Em coletiva nesta quinta-feira (12) no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou as primeiras medidas para tentar reduzir o rombo das contas públicas neste ano e conter a alta na dívida do setor público. As principais ações visam ao aumento de arrecadação.
Entre as medidas, estão
- Um novo programa de parcelamento extraordinário de dívidas, chamado de “Litígio Zero”, nos moldes dos antigos programas conhecidos como Refis;
- O fim do voto de desempate no Carf a favor dos contribuintes;
- Extinção dos recursos de ofício para dívidas abaixo de R$ 15 milhões, encerrando o litígio. A expectativa é o encerramento automático de quase mil processos no Carf no valor de quase R$ 6 bilhões;
- Também foi anunciada a intenção de reduzir em R$ 50 bilhões as despesas (revisão de contratos, de programas e autorização para gastar abaixo do previsto na lei orçamentária);
- Retirada do ICMS da base de cálculo dos créditos tributários de Pis/Cofins, ou seja, o crédito tributário a que o contribuinte tem direito vai diminuir. A medida pode aumentar a arrecadação em R$ 30 bilhões.
Déficit
As medidas anunciadas têm o objetivo de reduzir, ou até mesmo acabar, com o déficit primário (despesas maiores que despesas, sem contar juros) de R$ 231,5 bilhões nas contas do governo neste ano. Se levadas adiante todas as medidas, o Ministério da Economia estimou que o saldo pode até mesmo ficar positivo em R$ 11,13 bilhões este ano.
Ao tomar posse no Ministério da Fazenda, no início deste ano, Haddad já tinha dito que o governo “não aceitará” o déficit previsto para a economia brasileira no ano. E que trabalharia para reduzir o impacto negativo nas contas públicas.
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