Agência de classificação de risco afirmou que considera companhia brasileira em “default geral”, isto é, risco de calote
A agência de classificação de risco S&P Global Ratings rebaixou a avaliação de crédito emissor da Americanas de “B” ao nível global e “brA-“, na Escala Nacional Brasil, para “D”, de default (falta de pagamento, em português). No mercado financeiro, o termo é equivalente a “risco de calote”.
Em nota, a S&P disse que considera a companhia brasileira “em default geral”. Segundo a agência, a medida cautelar concedida pela Justiça à Americanas é similar a um standstill (período de paralisação, em português), “pois permite que a empresa não pague nenhuma de suas obrigações relacionadas a instrumentos de dívida nos próximos 30 dias”.
Na sexta-feira (13), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concedeu à Americanas uma medida de tutela cautelar que estabelece um prazo de 30 dias para que seja apresentado um pedido de recuperação judicial. A decisão também suspendeu as obrigações financeiras e pagamentos de dívidas pelo mesmo prazo.
Ao citar a decisão, a S&P Global Ratings afirmou que “embora a tutela ainda não represente uma recuperação judicial, é um passo inicial rumo a ela”.
“Essa tutela cautelar pode ser utilizada em preparação para uma eventual recuperação judicial da dívida. Caso a Americanas não siga esse caminho, a outra possibilidade, em nossa opinião, seria chegar a um acordo com os credores para reestruturar sua dívida, o que consideraríamos um default de fato, dadas as atuais condições de estresse da empresa”, afirmou.
Além disso, a agência retirou os ratings de recuperação da dívida da Americanas. “Considerando a significativa dívida adicional oriunda das linhas de financiamento de fornecedores que não constavam nas demonstrações financeiras da empresa, teríamos agora uma expectativa de recuperação menor dessa dívida”.
O que MONEY REPORT publicou