Por Andrew Cawthorne
NIZHNY NOVGOROD (Reuters) – Depois de marcar um dos grandes gols do torneio e de ofuscar Lionel Messi ao levar sua seleção à liderança de seu grupo, o capitão da Croácia, Luka Modric, espera realizar um sonho que começou quando assistiu a seu país fazer sua melhor campanha em uma Copa do Mundo.
“Foi uma propaganda gigante para a Croácia, o mundo todo finalmente nos conheceu”, disse o meio-campista de 32 anos, no passado, sobre a campanha dos croatas na Copa de 1998, em que chegaram ao terceiro lugar. “Eu comecei a sonhar sobre um dia tentar chegar nesse nível”.
No domingo, Modric lidera a favorita Croácia na partida das oitavas de final contra a Dinamarca, cuja principal ameaça é um outro meia habilidoso: Christian Eriksen.
A Croácia está repleta de confiança após ficar no topo do Grupo D com uma série perfeita de jogos, incluindo o expressivo resultado por 3 x 0 contra a Argentina de Messi, que incluiu um gol de longa distância de Modric.
O meia do Real Madrid e ex-jogador do Tottenham também deu aula de cobrança de pênaltis a Messi, convertendo uma cobrança contra a Nigéria no mesmo dia em que o argentino perdeu outra contra a Islândia.
Sua influência na equipe é tão grande –embora alguns digam que ele possa estar no final de seu auge como jogador– que o defensor Dejan Lovren sugeriu que ele merecia a Bola de Ouro.
“Ele é um dos melhores do mundo neste momento”, disse Lovren. “Modric provavelmente receberia muito mais atenção agora se ele fosse um jogador alemão ou espanhol”.
Nenhum croata jamais venceu o prêmio anual de melhor jogador do mundo, embora Davor Suker tenha terminado em segundo em 1998, no ano em que a Croácia perdeu para a anfitriã França nas semifinais da Copa do Mundo.
Um excelente passador e um driblador rápido, Modric ficou mundialmente conhecido ao chegar ao Tottenham em 2008. Ele manteve a ótima forma com o Real Madrid, ganhando múltiplos títulos europeus desde sua chegada em 2012.
Diferentemente de alguns gênios criativos, Modric também se dedica para ajudar a defender — uma qualidade que o favorece entre torcedores e técnicos.
“Ele é o motor que nos faz continuar”, disse o técnico da Croácia, Zlatko Dalic, antes do torneio. “Ele também é um capitão que lidera pelo seu exemplo. Ele sempre dá o seu máximo, estabelece um padrão alto com sua atitude, agressividade, e energia em campo, e com seu comportamento fora dele”.
(Reportagem adicional de Richard Martin)