Temor é que 44 mil pessoas percam seus empregos e rescisões na esteira da recuperação judicial
Em reunião entre a Força Sindical e os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e da Previdência, Carlos Lupi, foi discutida a situação dos funcionários da rede de varejo Americanas. A empresa teve o pedido de recuperação judicial aprovado em 19 de janeiro. Nesta segunda-feira (30), os sindicalistas pediram participação direta do Ministério do Trabalho nas negociações para garantir os direitos e a renda das mais de 44 mil pessoas envolvidas na operação da empresa.
Marinho disse que a pasta seguirá acompanhando a recuperação judicial para a preservação dos empregos. “Ele ficou de fazer uma reunião já esta semana, chamar a empresa e tentar achar caminhos que assegurem, garantam os empregos e a continuidade do negócio, mas ele vai nos informar”, disse Miguel Torres, da Força Sindical.
Entenda o caso
A descoberta de inconsistências contábeis no balanço fiscal do grupo Americanas, no começo de janeiro, resultou no pedido de demissão do presidente Sérgio Rial e do diretor de relações com investidores André Covre. Empossados havia pouco mais de uma semana, eles anunciaram a decisão de deixar os cargos ao estimar um rombo de R$ 20 bilhões na empresa.
A notícia gerou uma queda imediata de mais de 70% nas ações da Americanas cotadas na Bolsa de Valores. Na petição de recuperação judicial apresentada ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o grupo calcula que as inconsistências contábeis devem elevar as dívidas para um montante em torno de R$ 40 bilhões.
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