Companhia tem necessidade de financiamento de R$ 3,3 bilhões nos próximos dois anos.
Segundo reportagem de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a Light pode dar entrada em pedido de recuperação judicial nesta semana. O blog aponta que a companhia tem necessidade de financiamento de R$ 3,3 bilhões nos próximos dois anos.
Responsável pela geração, distribuição, comercialização de energia elétrica na região metropolitana do Rio de Janeiro, a empresa reportou uma dívida líquida de R$ 8,7 bilhões no terceiro trimestre de 2022.
No contexto contábil atual, isso representa cerca de três vezes o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa. Com isso, o valor de mercado da Light foi reduzido a R$ 1,22 bilhão.
Entre os acionistas da Light estão o fundo Samambaia Master FIA (20% do capital), o fundo Santander PB Fundo de Investimentos em Ações (10%) e a BlackRock (9,2%).
Rebaixamento
As ações da Light despencaram na última semana, após a Fitch, uma das maiores agências de risco do mundo, rebaixar drasticamente a classificação da companhia.
A agência viu um aumento do risco de calote da companhia, diminuindo seu rating referente às Issuer Default Ratings (ou IDRs) em Moedas Local e Estrangeira.
Os especialistas, aliás, citam nominalmente a Americanas — pivô de um ceticismo quanto à saúde financeira de outras empresas que têm como sócios Lemann, Sicupira, ou Marcel Telles
“O rebaixamento reflete um risco de crédito substancial para a Light no pagamento pontual de principal e juros de suas obrigações após o anúncio de que havia contratado a Laplace Finanças com o objetivo de melhorar sua estrutura de capital, e a estratégia no mercado de crédito mais restritivo, devido à inadimplência da Americanas”, diz a Fitch.
A nova classificação da Light é de “CCC+” – antes a classificação era de “BB-“. Dentro das descrições da Fitch sobre cada rótulo, agora a Light tem um risco de crédito que representa um “Grau Extremamente Especulativo”, a 6ª pior classificação dentre 22 rótulos possíveis.
O que MONEY REPORT publicou: