Decisão da Justiça de São Paulo ocorre mais de quatro anos após pedido de recuperação judicial
Uma das redes mais tradicionais do país, a Livraria Cultura teve falência decretada pela Justiça de São Paulo nesta quinta-feira (9). A decisão ocorre mais de quatro anos após a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível aceitar o pedido de RJ da companhia.
Altos custos de produção, queda na demanda por livros, falta de interesse por leitura e a crise econômica de 2014 foram apontados pela administração da empresa como os principais motivos para a derrocada financeira. O pedido de recuperação judicial foi apresentado em 2018. Na ocasião, a companhia já alegava estar em crise econômico-financeira. O pedido de RJ havia informado dívidas de R$ 285,4 milhões – a maior parte com fornecedores e bancos.
Na decisão, o juiz Ralpho Monteiro Filho cita que a administradora nomeada na recuperação judicial relatou indícios de fraude em movimentações financeiras realizadas por sócios da empresa. Credores também davam notícia que o grupo seguia inadimplente. “A recuperação foi pensada para socorrer apenas os devedores que realmente demonstrarem condições de se recuperar, posto que o seu processamento deve amparar somente devedores viáveis”, escreveu o juiz.