Taxa de desmate para o mês é a 4ª menor da série histórica do Inpe: 167 km²
O desmatamento na Amazônia em janeiro deste ano caiu 61% em comparação com o mesmo período anterior. Foram 167 km² desmatados, em comparação com 430 km² em 2022, a quarta menor marca para o mês na série histórica do Deter, que começou em 2015. Ainda, houve queda em relação a dezembro de 2022, que registrou 229 km² derrubados.
Os alertas foram divulgados nesta sexta (10) pelo Deter, sistema do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que divulga informações para o combate ao desmatamento em tempo real. O número confirma as reduções parciais de janeiro e é o quarto mais baixo da série histórica recente do Deter, iniciada em 2015.
A diminuição ocorre em meio ao período de chuvas na região, que dificulta a derrubada. Os números altos nesta época são considerados pontos fora da curva.
Em meados de janeiro, agentes ambientais lançaram suas primeiras ações contra a extração de madeira sob o comando de Lula, que prometeu acabar com a crescente destruição da floresta, registrada no governo de seu antecessor, Jair Bolsonaro.
O desmatamento em janeiro também ficou abaixo da média histórica de 196 quilômetros quadrados para o mês desde 2016, embora os dados de janeiro possam ter sido especialmente influenciados pelas nuvens pesadas sobre a floresta no início do ano.
“É positiva a observação de uma queda relevante nos dados de desmatamento de janeiro de 2023 (especialmente na Amazônia), em relação ao mesmo período do ano passado”, explica Daniel Silva, especialista em Conservação do WWF-Brasil
“Entretanto, ainda é cedo para falar sobre uma reversão de tendência, já que parte desta queda pode estar relacionada com uma maior cobertura de nuvens no período. O sistema Deter usa imagens de satélites com sensores ópticos que podem ser afetados pela ocorrência de nuvens. Portanto, precisaremos estar atentos aos dados dos próximos meses”, acrescentou.
Ele observou que os dados de janeiro representaram a primeira queda em relação ao ano anterior em cinco meses.
Os novos números vêm depois da informação de que os Estados Unidos estão considerando sua primeira contribuição para o Fundo Amazônia, iniciativa destinada a combater o desmatamento na floresta, com um possível anúncio durante a reunião do presidente Joe Biden com Lula na Casa Branca nesta sexta-feira.
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