Desde 2013, esse foi o 1º ano que o país conseguiu ultrapassar a marca de 16 milhões de hectares de corpos de água
No ano passado, a superfície de água do Brasil ficou 10% acima da do ano anterior e interrompeu uma sequência de dez anos de níveis preocupantes. Segundo dados do projeto MapBiomas, que mapeia a cobertura terrestre do país, em 2022 o país ganhou 1,7 milhão de hectares de área dos corpos de água doce em relação ao ano anterior.
Segundo o estudo, a superfície de água ficou 1,5% acima da média da série histórica, iniciada em 1985. Porcentagem representa 18,22 milhões de hectares.
O dado é positivo, porque reflete sobretudo a situação melhor dos reservatórios de represas de hidrelétricas e de água para consumo, mas vem com um dado de preocupação. A melhora ocorreu principalmente por causa de uma variação natural do clima: o aumento de chuvas no Norte e Centro Oeste provocado pelo efeito La Niña, o resfriamento de águas do Pacífico.
“Apesar do sinal de recuperação que 2022 representou, a série histórica aponta para uma tendência predominante de redução da superfície de água no Brasil”, diz Carlos Souza, coordenador do mapeamento do MapBiomas.
Biomas
O Pantanal teve resultados positivos, crescendo pela 1ª vez desde 2018. No entanto, foi o único bioma a ficar abaixo da média da série histórica. O Pampa também teve queda, de 1,7%. Por outro lado, o Cerrado teve o maior aumento (11,1%). Amazônia (6,2%), Caatinga (4,9%) e Mata Atlântica (1,9%) também registraram ganho..