Presidente tem se colocado como possível negociador entre os países
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta quinta-feira (2), por meio de uma videochamada, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O país do Leste Europeu sofre há pouco mais de um ano com uma invasão militar russa, numa guerra que contabiliza milhares de mortos e milhões de refugiados. A informação sobre a conversa foi divulgada por Lula em uma postagem nas redes sociais.
Depois da conversa com o chefe ucraniano, o Planalto divulgou um comunicado informando que Zelensky convidou Lula para uma visita a Kiev, capital da Ucrânia, e que o brasileiro manifestou disposição em atender ao convite, mas disse que um acordo de paz com a Rússia facilitaria os encontros.
Em publicação divulgada em seu canal no Telegram, Zelensky disse ter agradecido a Lula pelo apoio do Brasil à resolução da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) que pediu a retirada das tropas russas da Ucrânia.
“Destacamos a importância de defender o princípio da soberania e da integridade territorial dos Estados. Também discutimos os esforços diplomáticos para trazer de volta a paz à Ucrânia e ao mundo”, afirmou o presidente ucraniano.
Sem se comprometer
O chefe do Executivo condenou a invasão russa no fim de janeiro, em entrevista a jornalistas depois de encontrar o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Lula se negou a fornecer munição à Ucrânia. “O Brasil não quer ter qualquer participação no conflito, mesmo indireta”, disse à época.
O petista busca manter condições de conversar com os 2 beligerantes e não comprometer relações diplomáticas e comerciais do Brasil com países como a própria Rússia, China e os Estados Unidos.