Cerimônia no Palácio do Planalto conta com a presença do presidente Lula e da ministra da Saúde, Nísia Trindade
O governo relança, nesta segunda-feira (20), o programa Mais Médicos para o Brasil. A cerimônia no Palácio do Planalto conta com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade.
De acordo com o governo, a iniciativa ampliará o acesso ao atendimento médico no país, principalmente nas regiões de extrema pobreza e vazios assistenciais.
Ao todo, serão abertas 15 mil vagas, com investimento de R$ 712 milhões somente neste ano.
Segundo a Secom (Secretaria de Comunicação Social), as primeiras 5 mil novas vagas serão abertas via edital já neste mês, e as outras 10 mil, em um formato com contrapartida dos municípios, o que garante às prefeituras menor custo e mais condições de permanência nessas localidades.
Mudanças
Leia abaixo o que muda no novo Mais Médicos:
- Incentivo de fixação: profissional poderá receber adicional de 10% a 20% da soma total das bolsas de todo o período que esteve no programa, a depender da vulnerabilidade do município;
- Com a permanência no programa por 36 meses ou mais: receberá o incentivo completo ao final de 48 meses ou poderá antecipar 30% desse valor ao final de 36 meses;
- Incentivo de fixação para médico do Fies: poderá receber adicional de 40% a 80% da soma total das bolsas de todo o período que esteve no programa, a depender da vulnerabilidade do município;
- Com a permanência no programa por 12 meses ou mais: será pago em 4 parcelas: 10% por ano durante os 3 primeiros anos, e os 70% restantes ao completar 48 meses;
- Incentivo para médico do FIES residente de Medicina de Família e Comunidade: serão ofertadas vagas para os médicos-residentes de Medicina de Família e Comunidade que foram beneficiados pelo Fies com auxílio no pagamento total do valor da dívida;
- Tempo de Participação no Programa: ciclo de 4 anos, prorrogável por igual período;
- Oferta Educacional: especialização, mestrado ou aperfeiçoamento.
Investimento
No último sábado (18), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, escreveu no Twitter que além de ampliar o número de profissionais da saúde, o programa vai melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS), com investimentos em construção e reforma de unidades básicas.
Na mesma publicação, Pimenta lembrou que o programa, criado pela então presidente Dilma Rousseff, “chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios, contratou mais de 18 mil profissionais e beneficiou 63 milhões de brasileiros. “O desmonte do programa, nos últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS”, acrescentou. No novo formato, a expectativa é que sejam anunciados incentivos de permanência dos profissionais nos municípios.