Plano inclui encargos para o e-commerce, regulamentação de jogos de apostas online e corte de incentivos fiscais para alguns setores
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à CNN Brasil que a taxação de e-commerce, a regulamentação de jogos de apostas online e o corte de incentivos fiscais para setores específicos poderiam trazer mais de R$ 100 bilhões para os cofres públicos.
Segundo Haddad, há muitas distorções na economia brasileira que geram perda de arrecadação para o governo. Ele aponta que a taxação do comércio eletrônico, por exemplo, é uma medida necessária para reduzir a concorrência desleal com o comércio físico.
Além disso, o ex-prefeito defende a regulamentação de jogos de apostas online, o que poderia gerar receita para o governo. Ele argumenta que a prática já é comum e a legalização traria benefícios como a garantia de segurança para os usuários e a possibilidade de arrecadação de impostos.
Outra medida apontada por Haddad é o corte de incentivos fiscais para setores específicos, que segundo ele geram distorções no mercado e prejuízos para a arrecadação de impostos. Ele cita como exemplo o setor de refrigerantes, que recebe incentivos fiscais mesmo sendo prejudicial à saúde pública.
Haddad afirma que, somados, esses três pontos poderiam gerar mais de R$ 100 bilhões para os cofres públicos. Ele argumenta que o país precisa de uma reforma tributária que corrija as distorções e garanta uma arrecadação mais justa e eficiente.
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