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A fragilidade de nossas vidas (ou: aprendam a manobra Heimlich)

Durou um minuto e meio, no máximo.

Estávamos sentados no restaurante: eu, Cristina e nossa filha, Malu. De repente, Cris tentou beber um gole do meu refrigerante e o líquido voltou. Percebi que ela tinha engasgado e dei alguns tapinhas em suas costas. Não adiantou nada. Ela começou a ficar vermelha e se levantou. Continuava sem ar. A vermelhidão do rosto deu lugar a um tom arroxeado. Fiz a manobra Heimlich (aquela em que abraçamos quem se engasgou por trás e apertamos o estômago – quem viu o filme “Uma Babá Quase Perfeita” sabe do que estou falando), mas pouco adiantou. Ela ficou em pânico, tentando respirar sem conseguir.

Foi difícil manter o controle emocional. Afinal, estava vendo aquela que é o amor da minha vida sufocar e não conseguia fazê-la respirar. Fiz a manobra novamente, com mais força. Felizmente, ela conseguiu expelir aquele pedacinho de carne que havia entalado em sua garganta. E foi voltando ao normal.

Mais de três mil pessoas morrem engasgadas por ano no Brasil e acima de cinco mil só nos Estados Unidos. A manobra Heimlich é a melhor forma de resolver um engasgo – algo perigosíssimo, mas subestimado por toda a população.

Talvez por sorte, tinha percebido a existência desse procedimento em alguns filmes americanos e, anos atrás, em uma noite sem sono, resolvi pesquisar o tema. Memorizei, então, o que fazer caso algo do gênero ocorresse em minha frente. Mas jamais imaginei que isso ocorreria com quem sou casado há quase 19 anos.

Felizmente, minha filha não percebeu a gravidade do episódio na hora (ela achou que a mãe estava apenas passando mal, querendo vomitar) e apenas estranhou a comoção de todos ao nosso redor.

Esse acontecimento nos marcou profundamente. Não é todo o dia em que a morte passa perto de uma família e mostra o quanto a vida humana é frágil. Trata-se de uma “wake up call” para celebrarmos os nossos entes amados e os passos que damos em nossas trajetórias.

Então, fica aqui uma dica valiosa: pesquisem a manobra Heimlich (inventada pelo médico americano Henry Heimlich em 1974) no Google. E aprendam a fazê-la.

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