Movimento mostra mudança na estratégia do governo Lula, que tentou adiar a comissão, mas tenta agora controlar turbulências
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu nesta quarta-feira (26) o requerimento para a abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as invasões e depredações de prédios públicos ocorridas em 8 de janeiro. O movimento ocorre após mudança de estratégia do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que passou a defender a comissão para investigar os ataques golpistas.
Inicialmente, a oposição era quem defendia a criação da CPMI com o intuito de apurar a omissão do governo federal no caso. Na ocasião, a estratégia do Planalto foi a de minimizar a movimentação, esvaziar a ideia e reiterar que a Polícia Federal (PF) e o Judiciário estavam fazendo o seu papel de investigadores. Após a crise gerada pela divulgação de imagens das câmeras do circuito interno do Palácio do Planalto que levou à demissão do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, o governo tenta mudar a rota política.
O documento que pede a instauração da CPMI deve ser publicado no Diário Oficial da União (DOU). O colegiado será formado por 16 deputados e 16 senadores titulares. Agora, os líderes devem indicar os integrantes da comissão conforme a proporcionalidade contida no documento, que será enviado às lideranças das duas casas legislativas. A duração inicial dos trabalhos da CPMI será de seis meses.
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