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Exausta, Croácia precisará de força extra para final da Copa contra França

Por Nick Mulvenney

MOSCOU (Reuters) – Não foi uma surpresa a Croácia comemorar intensamente em campo com torcedores e familiares depois de derrotar a Inglaterra em uma das semifinais da Copa do Mundo na quarta-feira, mas uma mente mais sábia logo os teria encaminhado discretamente para banheiro de gelo e cama.

É claro que não daria certo, porque o êxtase de levar uma pequena nação à final da Copa do Mundo pela primeira vez precisava ser extravasado com as pessoas que deram apoio e inspiração aos jogadores.

Mas permanece o fato de que, no domingo, eles disputarão o jogo mais importante de suas vidas diante de uma seleção francesa que transborda juventude e vigor, teve um dia a mais de descanso e jogou o equivalente a uma partida a menos na fase de mata-mata.

Embora a Croácia tenha provado sua resistência indo à prorrogação nas três partidas do mata-mata, totalizando 90 minutos –para não falar nas disputas de pênaltis emocionalmente fatigantes em duas–, isso cobrou seu preço.

“Alguns jogadores jogaram com pequenas lesões com as quais não teriam disputado alguns outros jogos. Dois jogadores jogaram com meia perna, mas não se notou”, disse o técnico Zlatko Dalic.

“Ninguém queria ceder quando eu estava preparando os primeiros onze, ninguém queria dizer ‘não estou pronto’ na prorrogação, ninguém queria ser substituído, e isso mostra caráter e me deixa orgulhoso. Ninguém desistiu”.

Mario Mandzukic foi um exemplo típico, esgotando as forças no papel de atacante solitário, mas aproveitando sua chance para marcar o gol da vitória quando ela se apresentou no final do tempo extra.

Pouco antes de seu gol Mandzukic havia passado alguns minutos no chão por causa de uma colisão com o goleiro inglês Jordan Pickford, e uma crise de câimbra voltou a derrubá-lo antes de seu ataque decisivo.

O atacante da Juventus saiu de campo mancando, totalmente exausto, a seis minutos do final, mas prometeu empenho total no domingo para levar o título da Copa do Mundo à nação de cerca de quatro milhões de habitantes.

“Fomos leões no campo esta noite, e seremos o mesmo na final”, disse.

Está acima de qualquer dúvida que o país os apoiará para se vingar da semifinal perdida para a França em 1998, assim como o fato de que mais uma vez haverá um exército de torcedores vestidos de xadrez branco e vermelho no estádio Luzhniki.

“Fomos mais barulhentos, eles nos empurraram, nos ergueram quando não estávamos no controle do jogo”, disse Dalic a respeito da torcida.

(Reportagem adicional de Karolos Grohmann e Zoran Milosavljevic)

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