Ao deixar sede da PF, Wajngarten disse que já encaminhou pedido ao STF
O advogado de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, disse que seu cliente só prestará depoimento à Polícia Federal após ter acesso aos autos da Operação Venire, deflagrada nesta quarta-feira (3).
Bolsonaro já tinha um depoimento marcado para hoje, mas sobre o caso dos kits de joias presenteados pelo governo da Arábia Saudita. O depoimento, no entanto, foi adiado com a deflagração da Operação Venire, que investiga a adulteração de cartões de vacinação para covid-19 do ex-presidente e de seus familiares.
Ao deixar a sede da PF, Wajngarten informou a jornalistas que estavam no local sobre outros três alvos de mandados na mesma operação: o policial militar Max Guilherme, segurança do ex-presidente; o tenente-coronel Mauro Cid Barbolsa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; além do militar do Exército Sérgio Cordeiro, que era também segurança presidencial.
“O Max Guilherme já prestou depoimento, já foi ao IML [Instituto Médico Legal] e já fez um exame de corpo de delito. O coronel Cid ainda não prestou depoimento; e Sérgio Cordeiro prestará depoimento em breve”, disse Wajngarten.
Petição
O advogado de Bolsonaro confirmou que não teve, até o momento, acesso sequer aos depoimentos dos outros investigados, mas que já entrou com uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso.
“O [advogado] Marcelo Bessa acompanhou a ação, logo cedo, de busca e apreensão na residência do [ex] presidente, e já peticionou ao ministro Alexandre de Moraes pedido para ter acesso aos autos da operação de hoje. O presidente virá depor tão logo tenha acesso aos autos, fato este que ainda não é se consumou”, acrescentou Wajngarten.
(Agência Brasil)
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