Na quarta, Jair Bolsonaro também se recusou optou pelo silêncio. Servidora de Duque de Caxias (RJ) alegou coação
Os seis presos nesta quarta-feira (4) na operação que investiga uma suposta fraude nos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, de familiares e auxiliares, optaram por ficar em silêncio no primeiro depoimento. As informações são do g1.
Investigadores afirmaram à TV Globo que os detidos não disseram nada de relevante nos primeiros interrogatórios e, ao serem questionados sobre as acusações de fraude, optaram por ficar em silêncio até que seus advogados analisassem os autos.
Foram presos nesta quarta:
- o coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
- o sargento Luis Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid;
- o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros;
- o policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança presidencial;
- o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro;
- o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
Todos eles devem ser interrogados novamente, porém a data ainda não foi definida. Os seis estão em prisão preventiva, ou seja, sem prazo determinado para a soltura.
Na quarta, Jair Bolsonaro também se recusou a prestar depoimento sobre o caso à Polícia Federal.
Servidora diz que foi coagida
Em depoimento à Polícia Federal, uma servidora que atua em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, disse que foi coagida a fornecer a senha para inserção de dados (adulteração) de cartões de vacinação.
Segundo a PF, foram servidores da prefeitura de Caxias que inseriram no Sistema Único de Saúde (SUS) os dados falsos de vacinação de Bolsonaro, de sua filha Laura, de dois assessores e do deputado Gutemberg Reis (MDB).
O que MONEY REPORT publicou:
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