Economistas estimam que a preservação da floresta vale cerca de R$ 1,5 trilhão por ano
De acordo com relatório divulgado pelo Banco Mundial, manter a Floresta Amazônica em pé tem um valor cerca de sete vezes maior do que os lucros que poderiam ser obtidos por meio de diferentes atividades econômicas na região. O relatório define o desmatamento como uma “redistribuição ineficiente de riquezas públicas para o privado”.
Os economistas estimam que a preservação da floresta vale pelo menos US$ 317 bilhões por ano, ou cerca de R$ 1,5 trilhão. Além disso, eles afirmam que o desmatamento é uma enorme destruição de riqueza e ameaça o clima global, a biodiversidade e as comunidades tradicionais. O relatório ainda defende as salvaguardas ambientais estabelecidas no acordo negociado entre União Europeia e Mercosul e critica incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus.
Segundo os economistas, o aumento da produtividade nacional é a chave para garantir a preservação ambiental e a melhoria das condições de vida da população local. A conta do valor da floresta preservada inclui US$ 20 bilhões anuais estimados em serviços ecossistêmicos só na América do Sul, como as chuvas para agricultura, e o maior valor vem do papel da região como sumidouro de carbono, calculado em US$ 210 bilhões.
Outros US$ 10 bilhões anuais vêm do “valor de opção”, a prospecção associada a inovações farmacêuticas baseadas em recursos genéticos, dada a biodiversidade.
Mais US$ 65 bilhões são calculados para “valor de existência”, a proteção da cobertura florestal e a biodiversidade por si só. Isso é avaliado por meio de pesquisas amostrais com a população global que medem o valor atribuído à preservação da floresta para gerações futuras.