O boletim de MONEY REPORT sobre saúde, inovação, negócios e políticas públicas
Estudo identifica perfis mais propensos a transtornos associados à imagem
Um estudo publicado na revista Environmental Research and Public Health mostrou que as mulheres, os mais jovens, os consumidores de suplementos fitness ou de substâncias farmacológicas para mudar a forma corporal são as pessoas mais propensas a desenvolver transtornos mentais associados à imagem corporal e à alimentação.
O estudo foi desenvolvido por pesquisadores brasileiros da Unifal e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (Ispa), de Portugal e recebeu financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que aplicaram dois questionários a 1.750 voluntários.
Doenças inflamatórias intestinais aumentam no País
Cerca de 10 milhões de pessoas ao redor do mundo são afetadas por doenças inflamatórias intestinais (DIIs) e a incidência vem aumentando também no Brasil. A causa do distúrbio é multifatorial. Abrange desde fatores genéticos até o sistema imunológico extremamente amplificado, microbiota (conjunto de bactérias, vírus e fungos que fazem parte do corpo humano) alterada, além de fatores externos, ou ambientais, como conservantes químicos, poluição, estresse, alimentos transgênicos, tabagismo.
A vice-presidente da Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), Andrea Vieira, alertou que a maior incidência é nas regiões Sul e Sudeste, por ter uma vida mais urbana.
Artigo alerta para o uso irregular de fentanil no Brasil
Francisco Inácio Bastos, pesquisador titular do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz (Icict/Fiocruz) e Noa Krawczyk, professora-assistente do Centro de Epidemiologia e Política de Opioides da NYU Grossman School of Medicine escreveram artigo na revista The Lancet Regional Health – Americas onde destacam medidas que o Brasil deve adotar para evitar uma crise grave, como a enfrentada atualmente nos Estados Unidos, onde mais de 70 mil pessoas morrem por ano pelo uso não médico da droga.
Entre as sugestões estão: investimento em vigilância e pesquisa contínuas para entender os padrões de mudança de uso e abuso de substâncias na população brasileira; integração das apreensões com análises toxicológicas criteriosas; melhorar a vigilância do fentanil médico e de outros opioides, evitando potencial desvio e uso indevido, especialmente em unidades hospitalares; adoção de protocolos de tratamento e conscientização dos profissionais de saúde que atendem na porta de entrada (emergências) dos setores público e privado.
Utilizado como analgésico e anestésico para fins médicos, o fentanil passou a ser consumido de forma indevida e indiscriminada em muitos países. No Brasil, a primeira apreensão da substância de forma ilícita ocorreu em março deste ano, no Espírito Santo, e acendeu o alerta para importância para adoção de estratégias de controle e prevenção da circulação e do uso da droga no País.
O que MONEY REPORT publicou
- Câmara aprova criação do dia das vítimas da covid
- Menor demanda por vacinas afeta lucro da BioNTech
- Resposta judicial a processos de saúde demoram em média um ano
- Amapá tem surto de síndromes gripais
Pediatras alertam para aumento de desafios perigosos na internet
Divulgados e ampliados com rapidez por meio de imagens, vídeos ou jogos online e em diferentes plataformas, os chamados desafios promovidos via internet podem causar risco à vida, à integridade física e psicológica e, em alguns casos, fatalidades ou danos irreversíveis a crianças e adolescentes. O alerta é da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Para os pediatras, como a maioria desses desafios convida à agressão física ou psíquica, eles devem ser considerados violência e crime. Entre as recomendações da entidade para evitar fatalidades está a atualização da comunidade médica, especialmente dos pediatras, para que possam orientar, durante as consultas, sobre a prevenção dos riscos e segurança online.
A entidade ressalta ainda que os pais precisam estar presentes na supervisão das atividades deles nas redes digitais, com regras claras na convivência diária sobre segurança, privacidade, bloqueio de mensagens inapropriadas, violentas ou discriminatórias, que possam causar danos físicos ou mentais.
Fiocruz inaugura Centro de Covid Longa no Rio
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e a diretoria executiva da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inauguraram na última quinta-feira (11) o Centro de Covid Longa, em Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro.
O local é um espaço de pesquisa multidisciplinar, bem como um centro de tratamento e reabilitação de pessoas com sequelas da covid-19, proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes. No local também é desenvolvido o projeto Recover Pós-Covid: monitoramento, avaliação multidisciplinar e reabilitação de indivíduos com afecções pós-covid-19 no Rio. E, também, o Recover-Pós-Covid Sistema Único de Saúde (SUS) Brasil, uma colaboração entre pesquisadores do INI, do Instituto Oswaldo Cruz e da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz).
Ministério da Saúde amplia vacinação contra gripe para todos com mais de 6 meses
O Ministério da Saúde anunciou a ampliação da vacinação contra a gripe a partir da próxima segunda-feira (15) para toda a população acima de 6 meses. O objetivo, segundo a pasta, é expandir a cobertura vacinal contra a doença antes do inverno, quando as infecções respiratórias tendem a aumentar. Até o momento, 21 milhões de pessoas foram imunizadas, o equivalente a 30% do grupo prioritário.
Cientistas brasileiros desenvolvem remédio que destrói coronavírus pelo nariz
Um grupo de cientistas brasileiros, juntamente com uma equipe internacional de pesquisa, desenvolveu um remédio capaz de bloquear a entrada do vírus da covid-19 pelo nariz e impedir que ele se replique. O viricida foi criado a partir de uma proteína extraída de uma microalga, que também é usada contra o vírus do HIV. O trabalho foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS),
Um dos autores do estudo, Amílcar Tanuri, coordenador do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que o medicamento não substitui a vacina, mas é um complemento no combate ao coronavírus, já que impede que a infecção se agrave.
Pólio segue como única emergência global mantida pela OMS
Após a alteração do status da covid-19 e da mpox (varíola dos macacos), a poliomielite, popularmente conhecida como paralisia infantil, figura atualmente como a única emergência em saúde pública de importância internacional mantida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O comitê manteve o mais alto status concedido pela entidade para a doença por mais três meses. O relatório da OMS considerou, entre outros fatores, a transmissão em curso da pólio no leste do Afeganistão com propagação além da fronteira com o Paquistão.
Vacina brasileira contra covid tem bons resultados em testes
A primeira fase de testes clínicos da vacina SpiN-Tec contra a covid-19 tem apresentado resultados positivos. Desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é a primeira vacina 100% nacional, por não depender de transferência de tecnologia ou de importação. Dados preliminares indicam que ela não apresentou problemas de segurança com os voluntários e tem potencial para gerar uma resposta imunológica ao vírus causador da doença.
Depois de passar pela fase pré-clínica, quando os testes realizados em animais de laboratório não apresentaram efeitos colaterais, a fase clínica 1 começou em novembro do ano passado. Os dados estão em análise pelos pesquisadores e devem ser apresentados ainda neste mês para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A expectativa é que a fase clínica 2 comece no início de junho com 372 voluntários entre 18 e 85 anos. Eles precisam ter sido vacinados com duas doses iniciais da vacina CoronaVac ou da AstraZeneca, e uma ou duas doses de reforço da Pfizer ou AstraZeneca. Quem tomou a vacina bivalente não pode participar dessa fase. Ter tido covid-19 não é um impeditivo, desde que tenha ocorrido há mais de seis meses.