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Private equity investe R$ 15 mi em hospital para doentes crônicos

Hospital Revitare, em Campinas (SP), atenderá pacientes que precisem de cuidados especiais após internações

Em Campinas (SP), um prédio de três andares com 4,8 mil metros de área construída sediará o Hospital Revitare, lançado na noite desta terça-feira (30). O local será uma unidade de transição para pacientes adultos acometidos de doenças crônicas que precisem de cuidados especiais após internações. Com 110 leitos e um investimento de R$ 15 milhões, o empreendimento é da rede Terça da Serra, que possui 140 casas de repouso em todo o país.

Localizado ao lado do Shopping Galleria, onde funcionou o Hotel Sleep Inn, o Revitare tem entre os sócios o Grupo SMZTO, especializado em franquias e fundado pelo empresário José Carlos Semenzato. O início das operações ainda depende da liberação de algumas licenças pela prefeitura, e deve ocorrer até o final de junho.

Segundo um dos sócios, o economista Pedro Moraes, o modelo é similar a clínicas de reabilitação existentes em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas com participação familiar liberada, leitos de longa permanência, salão de beleza, uma sala de cinema, sala de fisioterapia, entre outros equipamentos. Em um quarto maior, com cozinha, os pacientes poderão treinar a retomada de ações cotidianas, como arrumar a cama, fazer café e se preparar uma refeição.

A estrutura conta também com uma área externa onde estão um jardim, equipamentos sensoriais, piscina e um pequeno espaço pet, para circulação de animais de estimação do paciente.

A unidade já fechou convênio com dois planos de saúde – ainda não revelados – e busca acordo com outros. A meta é que haja uma expansão, com a abertura de novas clínicas em outras cidades e até, se possível, oferta de leitos ao Sistema Único de Saúde (SUS), via Prefeitura.

“Pacientes que passaram por cirurgias, no pós-operatório, podem ter aqui um espaço com maior tranquilidade. Temos conversado com hospitais, planos de saúde e médicos, para que nos vejam como uma opção. Nós abrimos a porta para a atuação deles, para acompanhar seus pacientes”, diz o sócio.

Outra meta é desafogar leitos de hospitais lotados em Campinas, que poderão fazer o encaminhamento para a unidade de transição mediante a uma regulação com registro de alta médica. Segundo a geriatra e fundadora da Terça da Serra, Joyce Duarte Moraes, a demanda por esse tipo de unidade já existia antes da pandemia. Com a crise sanitária, os períodos de internação em estruturas privadas de saúde aumentaram, especialmente para as faixas etárias mais altas. “Outros países já adotaram estas mudanças para estruturas de recuperação e atendimento aos idosos”, afirma.

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