Levantamento da CNI mostra que, para 25% das instituições, as exigências de garantias reais dificultam acesso ao crédito
Uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostrou que 71% das empresas citam os juros altos como a principal dificuldade de acesso ao crédito em curto ou médio prazo. A Selic está em 13,75% desde agosto de 2022 e tem sido um dos principais embates entre a equipe econômica do governo e o BC (Banco Central).
Outros 25% indicam que as exigências de garantias reais dos bancos são o maior empecilho para os financiamentos. Já 16% criticam a falta de linhas de crédito adequadas à necessidade de sua empresa. O levantamento ouviu 2.022 empresários de 1 a 9 de março sobre as condições de crédito no período de setembro de 2022 a fevereiro de 2023.
Segundo a “Sondagem Especial Condições de Acesso ao Crédito” da CNI, 47% das empresas não renovaram os financiamentos de curto ou médio prazo, ante 28% que contrataram uma nova linha de crédito. Só 6% não conseguiram um novo financiamento.
Para empresas que buscaram crédito, 60% foram destinados para pagamentos de fornecedores, despesas e aquisição de matéria-prima. Outros 21% tinham como objetivo inovações ou desenvolvimento de novos produtos.
Segundo a pesquisa, capital de giro é citado como a principal finalidade das operações de curto a médio prazo (60%). Já nas operações de longo prazo, empata com investimentos em máquinas ou equipamentos, cada um sendo mencionado por 28% dos entrevistados.
A solução para dificuldade de acesso ao crédito para 30% dos empresários entrevistados é a redução dos custos tributários e administrativos, por exemplo, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Outras medidas para facilitar acesso ao crédito para empresas é a ampliação das linhas públicas de crédito e simplificação das exigências dos bancos.
