Festa transcorreu sem incidentes e teve mais celebração que militância
A 27ª Parada do Orgulho LGBT tomou a Avenida Paulista a partir da manhã deste domingo (11) mesclando discursos pela inclusão e muita festa. Militantes com bandeiras coloridas e drag queens desfilaram animadas e animados por 19 trios elétricos. O trajeto seguiu pela Rua da Consolação em direção ao centro da cidade acompanhando apresentações de Pabllo Vittar, Daniela Mercury, Mc Soffia, Pocah, Paulete Pink e Majur. A dispersão foi na Praça Roosevelt, no final da Consolação. O lema foi: “Queremos políticas sociais para LGBT+ por inteiro e não pela metade”. O clima foi de tranquilidade.
Na edição deste ano, a parada teve como foco a luta para que as políticas públicas englobem a comunidade LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e o símbolo “+”, que representa a pluralidade). “A maior parte dos seus planos, programas, projetos, serviços e benefícios são disfarçadamente direcionados às famílias e indivíduos cisgêneros e heterossexuais. Essas distorções ficam evidenciadas quando procuramos fazer parte desses programas”, diz o manifesto deste ano.
O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio de Almeida, que desfilou no primeiro dos carros de som, disse que a parada busca unir a sociedade brasileira e garantir direitos a todas as pessoas. “Essa é uma parada que, ao contrário que muitos dizem, não é celebração da divisão, é a celebração da união”, enfatizou.
“A parada é o momento em que vamos às ruas para lutar contra uma narrativa que nos mata, que diz que nós temos que ter vergonha de ser quem somos. Por isso, é importante a narrativa do orgulho, nós temos que ter orgulho de ser quem somos”, afirmou a secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat.