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Febre maculosa; tratamento contra o câncer; vacina para chikungunya

O boletim de MONEY REPORT sobre medicina, inovação, negócios e políticas públicas
Como evitar contato com o carrapato-estrela

A febre maculosa não é transmitida de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato. Por isso, para preveni-la, o ideal é evitar estar em locais onde haja exposição a esses bichos ou adotar algumas medidas para quando estiver visitando alguma dessas regiões silvestres, de mata, fazendas, trilhas ecológicas ou de vegetação alta.

O Ministério da Saúde indica que, ao visitar uma dessas regiões de maior risco, a pessoa utilize roupas claras, que ajudam a identificar mais rapidamente o carrapato, que tem cor escura. Também é importante usar calças e blusas com mangas compridas e utilizar botas. Se possível, diz o ministério, deve-se prender a barra da calça à meia com fita adesiva. Outra indicação da pasta é que pessoa utilize repelentes, principalmente os que tenham como princípio ativo DEET, IR3535 e Icaridina. Outra medida importante é evitar carrapatos nos animais de estimação.

Em visita a áreas de risco, o ministério alerta para que as pessoas verifiquem se há presença de carrapatos sobre suas roupas ou pele a cada duas ou três horas, removendo-os imediatamente para reduzir o rico de transmissão da doença. Segundo o ministério, é importante atentar-se inclusive para os micuins, a forma jovem do carrapato e que são mais difíceis de serem visualizados, mas também podem transmitir a doença.

Caso encontre carrapatos aderido ao corpo, é importante que a remoção seja feita com uma pinça, e não com os dedos. Também é importante não encostar objetos aquecidos ou agulhas para retirar o bicho. Após o uso, todas as peças de roupas devem ser colocadas em água fervente para a retirada dos carrapatos.

Pesquisadores buscam vacina contra a febre maculosa

Estudo do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) identificou uma forma de reduzir o crescimento da bactéria causadora da febre maculosa nos carrapatos e tornar o aracnídeo mais resistente à infecção. O conhecimento desse mecanismo de interação entre hospedeiro e bactéria permite avançar em metodologias para desenvolvimento de vacinas.

A pesquisa é baseada em estudos anteriores que mostraram que a bactéria Rickettsia rickettsii, que provoca a febre maculosa, inibe a morte das células do carrapato, o que favorece o crescimento do animal, dando mais tempo para a bactéria se proliferar e infectar novas células. O artigo, publicado na revista Parasites & Vectors, demonstrou a possibilidade de silenciar o gene da principal proteína responsável por impedir a morte programada das células, chamada de apoptose, no carrapato-estrela. Ainda não há previsão para a produção de uma vacina contra a febre maculosa, porque novos estudos serão conduzidos nesse sentido.

Fiocruz tenta baratear tratamentos de câncer

Em uma parceria inédita, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fechou acordo de cooperação técnica com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) para o desenvolvimento de novos produtos e incorporação de tecnologias, aprimorando tratamentos oncológicos. A iniciativa busca reduzir os custos para o Sistema Único de Saúde (SUS), que somente em 2022 aplicou R$ 4 bilhões em procedimentos para pacientes com câncer.

O acordo foi firmado na terça-feira (13), durante o 8º Fórum Big Data em Oncologia. A realização do evento – promovido pelo movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC) e pelo Observatório de Oncologia – contou com a parceria do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz.

O acordo prevê a melhoria no diagnóstico, na saúde pública de precisão e na identificação de melhores alternativas terapêuticas. Há também expectativa de desenvolvimento de novas terapias através de produtos biológicos ou sintéticos e novas tecnologias com grande potencial de uso que estão chegando ao Brasil.

O que MONEY REPORT publicou

Como funciona o cabotegravir contra HIV

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o  cabotegravir é um antirretroviral da classe dos inibidores da enzima integrase, que impede a inserção do DNA viral do HIV no DNA humano – um mecanismo de ação que evita a replicação ou a reprodução do vírus e sua capacidade de infectar novas células. 

O cabotegravir injetável, administrado a cada dois meses, chega como possibilidade sobretudo para pessoas com dificuldade de aderir ao uso da PrEP oral e diária.  Já o Apretude comprimido oral é indicado para avaliar a tolerabilidade ao cabotegravir, ou seja, a capacidade do indivíduo de suportar os efeitos do medicamento antes da administração do formato injetável, ou como opção de PrEP para aqueles que perderam a dose programada do medicamento injetável. 

O medicamento, assim como qualquer outro tipo de PrEP, só deve ser prescrito para indivíduos confirmados como HIV negativos. Para reduzir o risco de desenvolver resistência ao medicamento, o teste de HIV deve ser feito antes do início do uso do medicamento e antes de cada nova injeção. 

O medicamento, assim como qualquer outro tipo de PrEP, só deve ser prescrito para indivíduos confirmados como HIV negativos. Para reduzir o risco de desenvolver resistência ao medicamento, o teste de HIV deve ser feito antes do início do uso do medicamento e antes de cada nova injeção. 

Estudo mostra que vacina contra chikungunya é segura

Estudo publicado na revista The Lancet revela que o primeiro ensaio clínico da terceira fase de uma vacina contra chikungunya mostrou que o imunizante é seguro e produziu níveis de anticorpos neutralizantes que protegeram 99% dos participantes.

Os pesquisadores consideram que “o perfil de segurança é semelhante ao de outras vacinas licenciadas” já que “a maioria dos eventos adversos foi moderada ou leve.”

O estudo foi feito com 4.115 adultos saudáveis em 43 municípios dos Estados Unidos. As respostas dos imunizastes foram avaliadas após uma semana, 28 dias, três meses e seis meses após a imunização.

Só 13% dos adultos tomaram vacina bivalente

Segundo o ministério da Saúde, a cobertura de vacina bivalente contra a covid está baixa em todo o País. Apenas 13% da população elegível (acima dos 18 anos) tomou a dose de reforço.

O público que mais tomou a vacina são os mais idosos, acima dos 60 anos (34,8%). Já entre os mais jovens (de 18 a 29 anos), apenas 4,8% tomaram o imunizante. A cobertura vacinal entre as crianças, de 6 meses a 4 anos, é ainda mais crítica. Somente 1,4% deste público tomou as três doses necessárias.

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