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Speed Racer: o personagem que inspirou vários pilotos de F-1

Nos anos 1960, os protótipos que corriam as 24 Horas de Le Mans eram tão importantes para o automobilismo como os bólidos da Fórmula-1. Com isso em mente, Tatsuo Yoshida escreveu ainda no início daquela década histórias em quadrinhos sobre um piloto de corridas que vivia aventuras fora das pistas – um jovem que se chamava Go Mifune (Yoshida teve essa ideia depois de assistir os filmes “Viva Las Vegas”, no qual Elvis Presley fazia um piloto, e “Goldfinger”, com Sean Connery fazendo o personagem James Bond). Go dirigia um carro muito potente, projetado por seu pai, Daisuke Mifune, que contava com vários recursos, como um macaco hidráulico, vidro à prova de balas e serras retráteis. Seu nome? Mach 5, cujo visual foi inspirado vagamente na Ferrari 250 Testa Rossa de 1957.

A HQ virou série de desenho animado em 1967 e chamou a atenção da produtora Trans-Lux, que contratou Peter Fernandez para fazer a adaptação para o mercado americano. Em questão de semanas, Fernandez escreveu o roteiro em inglês, baseado apenas nas imagens que via nos originais em japonês, e fez as dublagens. Apenas quatro atores fizeram o trabalho de todo o elenco. Fernandez dublou o próprio Speed e o Corredor X e a atriz Corinne Orr fez todas – todas – as vozes femininas do seriado.

Speed Racer foi o ídolo de várias crianças entre os anos 1960 e 1970 — e a inspiração de vários pilotos que chegaram à F-1.

A trilha sonora é um caso especial. Nobuyoshi Koshibe compôs mais de cinquenta pequenas obras primas, com arranjos típicos dos anos 1960, com a dose certa de dramatização para cada um dos 52 episódios. O tema de abertura também foi composto por ele, mas o arranjo final é do grupo Danny Davis and the Nashville Brass, com letras em inglês de Peter Fernandez.

Algumas curiosidades sobre o seriado.

+ O “M” que está no capô do carro de Speed não faz menção ao seu nome, Mach 5, e sim ao nome do fabricante: Mifune Motors, do pai de Speed.

+ Speed tem a letra “G” estampada em seu uniforme – e a namorada Trixie usa um “M” em sua blusa. A razão disso está nos nomes originais dos personagens em japonês. Speed é Go; Trixie é Michi. Aliás, ela é filha de um magnata da aviação japonesa. Por isso, tem o seu próprio helicóptero, pintado de rosa.

+ O Corredor X, que usa sempre uma máscara, é o irmão de Speed, Rex, que fugiu de casa ainda novo. Seu carro amarelo, que usa o número 9, chama-se Shooting Star (Estrela Cadente). Há uma pista sobre sua real identidade: o uniforme do mascarado ostenta o mesmo “M” que está no capô do Mach 5. Mas ninguém parece perceber este pequeno detalhe ao longo do seriado.

+ Os personagens falam muito rápido porque a única maneira de combinar o movimento da boca dos personagens (feita originalmente para o idioma japonês) foi colocar muitas palavras nas frases e dizê-las com velocidade.

+ A figura de Speed foi baseada no visual de Elvis Presley em “Viva Las Vegas”, no qual o cantor vive o corredor Lucky Jackson, que disputa uma corrida em torno da capital mundial da jogatina. É de Elvis que vieram o cabelo preto com topete, os olhos azuis e o lencinho amarrado no pescoço.

O desenho animado virou um filme em 2008, que traz alguns elementos visuais do seriado original. Mas o roteiro deixou a desejar. Vale mais ficar com a série dos anos 1960. Um episódio imperdível é o de número 50, no qual Speed finalmente descobre que o corredor X é seu irmão. Uma cena que, aos onze anos de idade, me deixou muito emocionado. Será que este episódio poderia me emocionar novamente? Vou até o Oldflix e conferir.  

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