No entanto, a FGV ressalta que os barômetros ainda se mantêm em uma faixa desfavorável do ciclo
Os Barômetros Globais Coincidente e Antecedente da Economia registraram avanço em julho, impulsionados por melhorias nas três regiões pesquisadas, conforme divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No entanto, a FGV ressalta que os barômetros ainda se mantêm em uma faixa desfavorável do ciclo, refletindo as dificuldades na recuperação da atividade econômica global em 2023.
O Barômetro Econômico Global Coincidente aumentou 2 pontos em julho, atingindo 85,8 pontos. Já o Barômetro Econômico Global Antecedente teve um avanço de 2,1 pontos, alcançando 93,2 pontos.
A FGV destaca que ambos os indicadores têm oscilado em faixas relativamente estreitas desde março deste ano, com o Barômetro Coincidente variando entre 84 e 86 pontos, e o Antecedente entre 91 e 95 pontos.
“Nas regiões da Ásia e Europa, se por um lado medidas de política monetária restritiva já surtem um efeito de arrefecimento dos aumentos generalizados dos preços, por outro os resultados dos Barômetros Coincidentes reproduzem as dificuldades de manutenção do ritmo de crescimento dos principais indicadores do nível de atividade ao longo da maioria dos setores. Por sua vez, essa dinâmica mais positiva da questão inflacionária afeta positivamente as expectativas refletidas no crescimento dos Barômetros Globais Antecedentes em todas as regiões”, avaliou Paulo Picchetti, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica, enquanto o Barômetro Antecedente sinaliza o ciclo econômico com cerca de três a seis meses de antecedência. Ambos os indicadores são produzidos pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) em colaboração com o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique.
No Barômetro Global Coincidente, a região da Ásia, Pacífico e África contribuiu com 0,5 ponto, enquanto a Europa contribuiu com 0,1 ponto. Por sua vez, o Hemisfério Ocidental teve um impacto positivo de 1,4 ponto.
Apesar do aumento no mês, os indicadores ainda refletem um ritmo moderado na atividade econômica global, influenciado pelas políticas monetárias mais restritivas adotadas por diversos países para combater o recente aumento da inflação, além da cautela em relação à possibilidade de uma retomada mais expressiva do crescimento econômico na China.
No Barômetro Global Antecedente, a região da Ásia, Pacífico e África contribuiu com 1,0 ponto, enquanto a Europa contribuiu com 0,3 ponto. O Hemisfério Ocidental contribuiu com mais 0,8 ponto.
“O nível dos indicadores, no geral, sugere expectativas mais pessimistas para a atividade na Europa e moderadas para o crescimento econômico na região da Ásia, Pacífico & África e Hemisfério Ocidental”, ressaltou a FGV.