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Submissão em continência

MONEY REPORT escolheu como Imagem da Semana o registro inusitado da deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) batendo continência ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, durante a sessão desta terça-feira (11) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que apura os atos golpistas de 8 de janeiro. Cid é fortemente suspeito de envolvimento de participação de uma tentativa de golpe de estado.

Cid não retribuiu a saudação de Waiãpi, que é militar da reserva e estava na sessão como representante civil eleita – portanto o gesto foi descabido. Na caserna, a continência é um cumprimento prestado entre militares como sinal de reconhecimento de hierarquia. A deputada justificou se tratar de uma saudação ao deixar o recinto. “Respeito à autoridade ali representada, ao militar fardado. Eu como primeira- tenente e oficial da reserva, prestei minha reverência e respeito ao tenente-coronel ali presente, tendo em vista que iria me retirar para participar de outra CPI”. Ao demonstrar tamanha deferência em um ambiente civil, Waiãpi feriu o decoro em um ato oficial e demonstrou parcialidade diante do militar a qual ela tem poderes constitucionais para inquirir na CPMI.



E não é só isso. Silvia Waiãpi é alvo de um inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR), ao lado de outros deputados, por ter feito postagens nas redes sociais que incitaram os atos golpistas de 8 de janeiro. Ela publicou um vídeo durante os ataques com o seguinte comentário: “Povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho”.

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