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Agência DBRS eleva rating do Brasil para BB

Revisão da quarta maior agência de rating do mundo veio dois dias após a Fitch fazer o mesmo

A DBRS Morningstar, quarta maior agência de rating do mundo, elevou a nota soberana do Brasil de ‘BB-‘ para ‘BB’, com perspectiva estável. Essa revisão reflete, principalmente, a redução dos riscos negativos para as perspectivas fiscais. A revisão veio dois dias depois que a Fitch fez o mesmo movimento.

Devido a um pacote de medidas para aumentar a receita implementado no início deste ano, o déficit primário deve ficar em torno de 1% do PIB, o que representa uma melhoria em relação ao déficit projetado de 2,3% no orçamento de 2023.

A DBRS pontua que o governo está adotando uma nova estrutura fiscal, visando alcançar um saldo primário zerado em 2024 e um superávit de 1,0% do PIB em 2026. Mesmo que as metas primárias não sejam alcançadas, essa nova abordagem sinaliza que os resultados fiscais continuarão melhorando durante o governo Lula.

A agência destaca que as perspectivas de crescimento do Brasil no médio prazo são fracas, o que representa um desafio importante para o rating. No entanto, o efeito cumulativo das reformas implementadas nos últimos dois governos pode ajudar nesse sentido. As reformas nos mercados de crédito, regulamentações trabalhistas e concessões de infraestrutura podem impulsionar o investimento e a produtividade mais do que o esperado atualmente.

A reforma tributária, recentemente aprovada pela Câmara dos Deputados e em análise no Senado, também pode melhorar as perspectivas de crescimento no longo prazo. Além disso, a credibilidade do sistema de metas de inflação do Banco Central foi fortalecida por meio de mudanças institucionais e um histórico sólido.

Apesar desses desenvolvimentos positivos, a DBRS destaca que o Brasil ainda enfrenta desafios significativos, incluindo a elevada dívida pública, um grande déficit fiscal e perspectivas modestas de crescimento, o que deixa a economia vulnerável a choques.

A classificadora de risco afirma que os ratings do Brasil podem ser elevados se o governo avançar com um ajuste fiscal estrutural que melhore a dinâmica da dívida pública, bem como se houver a implementação de reformas econômicas que fortaleçam as perspectivas de crescimento.

Por outro lado, a nota pode ser rebaixada se o compromisso com a consolidação fiscal enfraquecer ou se houver um desvio significativo da trajetória de consolidação atualmente planejada. Choques adicionais, sejam eles internos ou externos, que agravem os desafios de crescimento do Brasil podem tornar o ajuste fiscal necessário ainda mais difícil de alcançar.

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