Essa foi a primeira redução da taxa básica (Selic) em 3 anos
Na noite desta quarta-feira (2), entidades e associações financeiras elogiaram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de reduzir a taxa de juros em 0,5 ponto percentual. Essa foi a primeira redução da taxa básica (Selic) registrada no país em 3 anos.
Os diretores do Banco Central optaram por cortar a taxa básica de 13,75% para 13,25% ao ano, uma decisão que surpreendeu o mercado financeiro, que apostava em uma queda de apenas 0,25 ponto percentual. O governo federal demonstrou satisfação com a redução, uma vez que tem pressionado por uma diminuição maior dos juros.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou a decisão do Banco Central “acertada”, pois ela não compromete o processo de combate à inflação. O presidente da CNI, Robson Andrade, afirmou que essa redução evita um maior desaquecimento da indústria e da economia.
Em comunicado, a CNI destacou que a alta da Selic tem prejudicado significativamente a atividade econômica em 2023. Comparando junho de 2023 com junho de 2022, a produção da indústria de transformação sofreu uma queda de 1,5%, enquanto o setor de serviços registrou uma redução de 2% em maio, em comparação com dezembro de 2022, na série livre de efeitos sazonais. A CNI defendeu ainda uma queda maior da Selic.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) também elogiou a decisão do Copom, considerando-a como o “primeiro passo” para um novo momento do varejo brasileiro. A CNC afirmou que, mesmo sendo gradual, esse movimento vai aliviar o orçamento das famílias e empresas que se endividaram durante a pandemia, abrindo espaço para o aumento do consumo e melhoria das condições de crédito.
Por sua vez, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) elogiou o Banco Central, considerando que a decisão foi “duplamente acertada”, tanto na magnitude quanto no momento da economia do país. A FecomercioSP destacou as quedas nos índices de inflação e as perspectivas para os próximos anos, enfatizando que o mercado espera uma inflação dentro da banda em 2024, abaixo dos 4%, o que tornava o momento ideal para a redução da Selic.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também se manifestou, considerando a decisão na “direção correta”. A instituição argumentou que, com a redução do risco inflacionário, as justificativas para manter a taxa de juros elevada são eliminadas.
A última decisão de redução na Selic havia sido na reunião de agosto de 2020, quando a autoridade monetária finalizou um ciclo de 9 reduções seguidas. Na época, flexibilizava a política monetária para estimular a economia no período de pandemia de covid-19.
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