O empresário paranaense Carlos Wizard Martins é um dos empreendedores mais dinâmicos do país. Dono da rede de alimentos saudáveis Mundo Verde e da cadeia de fast-food Taco Bell, além de marcas como Rainha e Topper, Wizard adquiriu recentemente as operações da Pizza Hut e KFC no Brasil. Nesta entrevista, ele fala de negócios, reformas e eleição.
O que esperar de um candidato a presidente para 2018?
Político ou não, deve ser alguém honesto, que não entrou na política para enriquecer. Mas isso não é tudo. É preciso que seja uma pessoa conectada com o mundo em que vivemos, com as demandas da sociedade, com a necessidade premente de redução do tamanho do Estado e também ligado às ideias da economia de mercado. Torço muito para que o próximo presidente seja um liberal.
A reforma da Previdência vai passar?
A reforma da Previdência é uma questão de sobrevivência, de fechar as contas. Não queremos ser uma nova Grécia, não é? Se não fizermos as mudanças na Previdência, tornando ela mais justa e isonômica em relação aos funcionários públicos e aos funcionários de empresas privadas, teremos sérios problemas em poucos anos.
O senhor tem 30 anos de experiência como empreendedor. Nesse período, o Brasil melhorou ou piorou?
O Brasil de hoje é um País melhor do que há 30 anos. A renda per capita é maior, o acesso das pessoas aos bens e serviços, idem. Claro que ainda há muito a avançar, especialmente nos setores de segurança, saúde, educação e infraestrutura, mas estamos avançando. A Lava Jato é um exemplo. Ela mudou a história do Brasil, despertou nos brasileiros algo que estava dormente, que é a indignação com o que é errado.
Mesmo na crise, o senhor não cancelou os planos de investimentos de suas empresas. Por que decidiu correr o risco?
A crise foi uma constante em minha trajetória empresarial. Criei a Wizard há 30 anos, no final do Plano Cruzado e início do Plano Bresser. Enfrentávamos inflação na casa dos 70% ao mês. Depois disso, passamos por outros momentos de instabilidade, como o confisco das contas bancárias no início do governo Collor, a crise dos países asiáticos em 98, a crise dos Estados Unidos em 2007. Durante todos esses anos, sempre continuei com o mesmo pensamento: a crise é sempre passageira, mas o Brasil e seu enorme mercado são permanentes.
Uma resposta
Não se posicionou e ainda falou que honestidade não é tudo, para quem se diz cristão estou decepcionado com a falta de coragem do Sr Carlos Wizard Martins .