A gigante petrolífera está planejando comprar matéria-prima da América Latina para abastecer seus projetos
A Chevron, uma das maiores companhias de petróleo e gás do mundo, está prestes a quadruplicar sua produção de biodiesel nos Estados Unidos. A empresa está investindo US$ 1 bilhão para ampliar a capacidade de sua biorrefinaria em Geismar, Louisiana, de 86 milhões de galões por ano para 345 milhões de galões por ano.
Com a ampliação, a Chevron espera atingir 50% de sua meta de produção de 100 mil galões de biodiesel por dia até 2030. A empresa pretende atender à crescente demanda por combustíveis renováveis nos EUA, especialmente do setor ferroviário e da navegação.
Segundo o presidente da Chevron Renewable Energy Group, Kevin Lucke, a empresa também está preocupada com a disponibilidade de matéria-prima para a produção de biodiesel. Para garantir seu abastecimento, a Chevron criou uma joint venture com a Bunge em 2022 para o desenvolvimento de matérias-primas voltadas à produção de biocombustíveis.
A aposta da Chevron no biodiesel é parte de uma estratégia mais ampla de diversificação de sua matriz energética. A empresa também está investindo em fontes renováveis de energia, como energia solar e eólica.
Investindo na America Latina
A Chevron está planejando comprar matéria-prima da América Latina para abastecer seus projetos de diesel renovável nos Estados Unidos. A empresa já importa algumas matérias-primas da região, mas está procurando por mais oportunidades.
Kevin Lucke, presidente do Chevron Renewable Energy Group, disse que a indústria de biocombustíveis na América Latina ainda está em desenvolvimento, mas que pode crescer no futuro. Ele citou as mudanças nos EUA, onde o crescimento dos biocombustíveis causou o desenvolvimento da nascente indústria de óleo de cozinha usado, como um exemplo do que ele espera na América Latina.
A Chevron está procurando por uma variedade de matérias-primas, incluindo óleo de cozinha usado, gordura animal e óleo de milho de destilação. A empresa também está estudando óleos obtidos a partir de outras culturas, como canola e camelina.