O Ibovespa fechou em baixa de 1,42% nesta terça-feira (3), aos 113.419 pontos. O dólar subiu 1,73%, cotado a R$ 5,15 no encerramento. O índice nacional engatou mais um pregão de perdas, puxado pela instabilidade dos preços das commodities (minério de ferro e petróleo) no mercado internacional, além de uma tendência de queda nos Estados Unidos, que acumulam previsões negativas sobre o juros e emprego no país. O rali dos títulos americanos continua minando o apetite global por risco. Os rendimentos dos papéis financiadores da Casa Branca atingiram os maiores níveis em 16 anos. O departamento do trabalho dos EUA apontou que os dados de vagas de emprego em aberto aumentaram inesperadamente em agosto. Por aqui, a produção industrial registrou mais um crescimento em agosto, mas abaixo do esperado. O indicador teve variação de 0,4% em agosto frente a julho em ajuste sazonal, ligeiramente abaixo da expectativa do mercado. Analistas avaliam que o setor industrial brasileiro deve seguir em ritmo fraco até o fim do ano. Nesse cenário, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, vai tentando conciliar a prudência exigida pelo momento à tentativa de estabelecer boa relação com o Planalto. O desafio do governo é viabilizar o cumprimento da meta de déficit zero em 2024 e superávits nos anos seguinte. E não só faltam receitas, como alega o governo. Sobram gastos. Logo, mais impostos não bastam. Sendo assim, o mercado acredita que será preciso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encabeçar uma reforma administrativa – o que seria um sonho para o setor privado.
As maiores altas foram do Grupo Natura (2,97%) e Fleury (-2,17%). As baixas, Magazine Luiza (-8,46%) e Casas Bahia (-7,94%). Todas as cinco ações mais negociadas apresentaram retração: preferenciais da Petrobras (-0,44%), Vale (-0,61%), B3 (-4,25%), preferenciais do Itaú Unibanco (-1,26%) e Equatorial (-0,88%). O volume negociado foi de 19,83 bilhões.
