Goldin é apenas a terceira mulher a ganhar o prêmio. Em 1990 ela se tornou a primeira mulher titular do departamento de Economia de Harvard
A economista Claudia Goldin foi laureada com o Nobel de Economia 2023 pela Real Academia Sueca de Ciências, por seus estudos sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho nos Estados Unidos. O anúncio ocorreu na manhã desta segunda-feira (9).
Segundo o comitê do prêmio, Goldin apresentou o primeiro relato abrangente sobre os rendimentos das mulheres e sua participação no mercado de trabalho ao longo de séculos. Seu estudo analisou dados de mais de 200 anos, o que permitiu uma compreensão profunda da evolução desse cenário, bem como das disparidades ainda existentes.
Goldin é professora de economia na Universidade Harvard (EUA) e uma das principais especialistas em economia do trabalho. Seus estudos têm mostrado que as mulheres têm conquistado avanços significativos no mercado de trabalho nas últimas décadas, mas ainda enfrentam obstáculos imensos, como a desigualdade salarial e a divisão sexual do trabalho.
O prestigioso prêmio Nobel, formalmente conhecido como Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, é o último da safra de prêmios deste ano e vale 11 milhões de coroas suecas, pouco menos de US$ 1 milhão.
Este ano os reconhecimentos foram para descobertas de vacinas contra a covid-19 (Fisiologia e Medicina), instantâneos atômicos (Física) e “pontos quânticos” (Química), bem como a um dramaturgo norueguês (Literatura) e uma ativista iraniana (Paz).
Goldin, que em 1990 se tornou a primeira mulher a ser titular do Departamento de Economia de Harvard, é apenas a terceira mulher a ganhar o prêmio Nobel de Economia.
“Ela ficou surpresa e muito, muito feliz”, disse Hans Ellegren, secretário-geral da Academia Real Sueca de Ciências.
Eis os prêmios Nobel de 2023:
- Nobel de Medicina – para Katalin Karikó e Drew Weissman “por suas descobertas sobre modificações de bases de nucleosídeos” que permitiram o desenvolvimento de vacinas de mRNA (RNA mensageiro) eficazes contra a covid-19;
- Nobel de Física – para Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier “por métodos experimentais que criam pulsos de luz de attossegundos para o estudo da dinâmica de elétrons na matéria”.
- Nobel de Química – para Moungi Bawendi, Louis Brus e Alexei Ekimov “pela descoberta e síntese de pontos quânticos”, usados, por exemplo, em televisores e lâmpadas LED;
- Nobel de Literatura – para Jon Fosse, “pelas suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível”;
- Nobel da Paz – para Narges Mohammadi pela sua luta “contra a opressão das mulheres no Irã” e para “promover os direitos humanos e a liberdade para todos”.
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