Terceira colocada disse que não é momento para neutralidade e que é necessário impedir que comece um novo ciclo kirschnerista no governo
A ex-candidata a presidente da Argentina Patricia Bullrich anunciou nesta quarta-feira (25) que vai apoiar o candidato libertário Javier Milei na disputa do segundo turno pelo comando do país, marcada para 19 de novembro. A negociação envolveu o ex-presidente Mauricio Macri, fundador do partido Proposta Republicana (PRO), ao qual Bullrich é filiada.
Em sua declaração, Bullrich disse que não é momento para neutralidade e que é necessário impedir que comece um novo ciclo kirschnerista no governo com a eleição de Sergio Massa.
“Enfrentamos o dilema da mudança ou da continuidade da máfia. A maioria escolheu uma mudança, nós a representamos e não podemos ser neutros. Não negociamos a mudança que a Argentina precisa”, disse Bullrich. “Hoje acreditamos que devemos unir forças para um objetivo maior”.
A decisão deve significar o fim da coligação Juntos pela Mudança, que inclui a União Cívica Radical (UCR), a Coalizão Cívica (CC-ARI) e o Encontro Republicano Federal (ERF).
Nesta manhã, o dirigente radical Ernesto Sanz, um dos fundadores da coligação em 2015, antecipou que romperia a aliança com o PRO em caso de definição a favor do apoio a Milei. Boa parte dos aliados defendia a neutralidade na disputa.
Esta é a mesma posição de Elisa Carrió, fundadora da CC, que em entrevista ao La Nación que considera o apoio como um erro histórico de Bullrich. Ela não poupou críticas a Macri, que “sempre jogou para Milei”, segundo afirmou.
No primeiro turno, o candidato governista e atual ministro da Economia da Argentina, Massa, ficou em primeiro lugar com 36,68% dos votos. Milei, o ultradireitista e autoproclamado libertário, ficou em segundo com 29,89%. Bullrich, candidata da direita conservadora, ficou pouco atrás com 23,85% dos votos.
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