Segundo o buscador Viajala, maior alta acorreu de Maceió a São Paulo, com um aumento de 25% de janeiro a outubro
O preço médio das passagens aéreas nacionais aumentou 16% de janeiro a outubro de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme um estudo do buscador de passagens aéreas Viajala, que analisou as 50 principais rotas. A maior alta aconteceu de Maceió a São Paulo. O aumento foi de 25% nesse intervalo, de R$ 902 para R$ 1.129.
Já o segundo maior aumento foi de Fortaleza a São Paulo. A elevação foi de 24% nesse período, de R$ 844 para R$ 1.043. Em terceiro lugar, foi a subida de 22% de João Pessoa a São Paulo, de R$ 925 para R$ 1.126. A principal justificativa é a falta de concorrência, na análise de Rodrigo Melo, diretor comercial do Viajala. “O Brasil tem poucas companhias aéreas, o que prejudica a concorrência e a possibilidade de custos mais baixos”, afirmou.
Em 2019, a Avianca Brasil deixou de operar. Em 2022, após a pandemia, o lançamento da companhia aérea ITA, do grupo Itapemirim, chegou a causar uma baixa imediata nos preços, mas a empresa durou apenas seis meses. Em agosto de 2023, a crise do mercado de milhas aéreas, capitaneada pela suspensão de operações das agências 123 Milhas e Maxmilhas, complicou ainda mais o cenário para o consumidor. “Acabaremos 2023 da mesma forma que encerramos 2022: com ainda menos players no mercado”, informou Melo.
Além da baixa concorrência, as companhias aéreas necessitam recuperar os prejuízos da pandemia. E a baixa de 12% no preço do querosene em 2023 ainda não foi sentida pelos viajantes. As altas nos preços dos voos se acumulam desde 2021. Há um ano, o levantamento do Viajala apontava que as passagens aéreas já estavam 50% mais caras que em 2019. Apesar do aumento constante de preços, a demanda continua avançando: as buscas de passagens aéreas nacionais subiram 25% de janeiro a outubro de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022.