4 das 8 atividades tiveram alta na comparação anual
As vendas no varejo brasileiro avançaram 0,6% em setembro na comparação com o mês anterior e subiram 3,3% sobre um ano antes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (8). No acumulado de 12 meses, a expansão foi de 1,7%.
O desempenho do varejo brasileiro em setembro veio acima das expectativas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estimava que houvesse estabilidade nas vendas (variação de 0%). Já na base anual, a projeção era uma alta menor, de 2,5%.
De acordo com o IBGE, no comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, as vendas avançaram 0,2% em relação a agosto.
A média móvel trimestral para o varejo ficou estável (0%) no trimestre encerrado em setembro.
4 das 8 atividades tiveram alta na comparação anual
Na comparação com o mesmo período de 2022, houve taxas positivas em hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+7,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+5,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+3,8%) e móveis e eletrodomésticos (+2%).
Os quatro setores que tiveram queda foram livros, jornais, revistas e papelaria (-18,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-9,1%), combustíveis e lubrificantes (-8,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-2,6%).
Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, o crescimento do setor de hiper e supermercados foi determinante para o resultado positivo do comércio varejista em setembro.
“Um dos fatores principais para o resultado dessa atividade é a escolha orçamentária das famílias, que está voltada para os itens de primeira necessidade. Com o aumento da população ocupada e da massa de rendimento, as pessoas estão usando o rendimento habitual para os gastos em hiper e supermercados e não está sobrando para concentrar em outras atividades”, afirma.
Varejo ampliado
O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, teve duas variações negativas.
O setor de Veículo e motos, partes e peças recuou 0,9% e o de Material de construção caiu 2,0%.
Já na comparação anual, o setor de Veículos e motos, partes e peças cresceu 8,9%, enquanto o de Atacado especializado de produtos alimentícios bebidas e fumo avançou 7,0% e o de Material de construção caiu 5,6%.