O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é conhecido pelas bravatas que dispara através do Twitter. Especialmente quando é questionado ou criticado. No meio de uma das maiores crises humanitárias que se tem conhecimento na história recente, Elon Musk agiu como Trump em seus momentos mais marcantes. O multibilionário ofereceu um mini submarino para ajudar no resgate dos meninos que ficaram presos no complexo de cavernas da Tailândia.
O mergulhador britânico Vernon Unsworth recusou a geringonça e disse que a oferta era um golpe publicitário. Questionado pela CNN sobre a situação, Unsworth foi deselegante com o bilionário. Foi o suficiente para Musk soltar os cachorros via Twitter e chamar o mergulhador de “pedo guy” – gíria para pedófilo.
Ao se deixar levar pelas emoções, o bilionário viveu um dia de Trump. Foi atacado violentamente pelas redes sociais e deixou a desconfiança no público de que tinha mesmo segundas intenções ao insistir no salvamento por submarino em cavernas muito estreitas. Antes uma unanimidade no mundo dos negócios, Musk tem dado mostras recentes de descontrole emocional. E vem sofrendo ataques de antigos admiradores.
“Com o poder, vêm grandes responsabilidades”. Esta frase, cuja autoria já foi atribuída ao filósofo francês Voltaire e ao personagem Ben Parker, tio de Peter Parker (o Homem-Aranha), poderia ser dita a muitos bilionários e em especial a Musk. Em alguns casos, os bilhões avaliados em “market cap”, que nem sempre viram dinheiro no banco, mexem irreparavelmente com o ego das pessoas. Parece ser o caso de Elon Musk.