MONEY TALKS tratou dos assuntos que dominaram a semana: a aprovação no Senado da PEC que limita decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em casos de eficácia de lei e o veto de Lula à prorrogação da desoneração da folha de pagamento. Aprovada por 52 votos a favor e 18 contra, a PEC do Supremo divide opiniões. Alguns acreditam que o projeto invada as competências das altas cortes (STJ, TSE, TST, TSM), enquanto outros argumentam não houve propósito de retaliação, apesar da celebração da bancada bolsonarista. Os ministros responderam como que traídos, pois diante dos arroubos autoritários e negacionismos pandêmicos da presidência anterior, se colocaram como garantidores de direitos e espantaram teorias conspiratórias. Nos bastidores estaria o desejo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de garantir seu lado com a direita em uma eventual candidatura ao governo mineiro em 2026. Já o veto de Lula foi recebido com críticas uníssonas de empresários, sindicatos e parlamentares. Há risco de o Congresso barrar. A medida abrange os setores que mais empregam no país. Há temor de desempregos. O ministro Haddad diz que faltou conversa e que existiram alternativas – que jamais ganharam publicidade. Senadores afirmam que o governo está “freando a abertura de novos postos de trabalho, travando investimentos e evitando o crescimento”. No caminho de ambas as medidas está o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que pode segurar os lados do governo à custa de mais cargos para o Centrão. Ainda é cedo para que caminhos as iniciativas tomarão. Participaram do debate o editor-chefe André Vargas e os editores Lorena Giron e Rodrigo Dias.

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