Apesar da aceleração, o índice acumulado em 12 meses continua em queda, de 6,13%
Os preços ao produtor no Brasil subiram 1,11% em outubro, marcando o terceiro mês seguido de altas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (29). O resultado representa uma aceleração em relação aos meses anteriores, quando o IPP subiu 0,75% em agosto e 1,06% em setembro.
Apesar da aceleração, o índice acumulado em 12 meses ainda está em queda, de 6,13%. Em setembro, a queda acumulada era de 7,97%.
Entre as 24 atividades analisadas pelo IBGE, 14 registraram variações positivas em outubro. As maiores altas foram em bebidas (6,12%), indústrias extrativas (5,26%), outros equipamentos de transporte (2,19%) e alimentos (2,00%).
As maiores influências no resultado do IPP vieram de alimentos (0,48 ponto percentual), indústrias extrativas (0,26 p.p.), bebidas (0,15 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,10 p.p.).
“Esta sequência de três meses com resultados positivos da indústria vem após seis meses seguidos de queda. De agosto a outubro, a alta acumulada é de 2,96%. Apesar disso, o IPP ainda não foi capaz de reverter os resultados negativos nos índices de longo prazo”, disse Murilo Alvim, analista do IPP no IBGE.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.