MONEY TALKS acompanhou uma semana em que as coisas mudaram rapidamente de foco. Primeiro, dois ex-assessores acusaram o deputado federal André Janones (Avante-MG) de pedir a membros de sua equipe que repassassem parte dos salários, em um esquema ilegal de rachadinha – algo combatido com pelo próprio parlamentar quando a suspeita é sobre o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Janones diz que não é nada disso, mas não convenceu. Em outra esfera, o Supremo Tribunal Federal (STF) admitiu a possibilidade de responsabilização de veículos de imprensa por declarações falaciosas de entrevistados. O problema é que o conceito ficou vago e pode criar uma enorme instabilidade jurídica na sua aplicação. Ou seja, agora é culpa do carteiro. A indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para a vaga aberta no STF também dominou as conversas. Afinal, Dino pode ser visto como parcial. A mesma conversa ocorreu quando da indicação de Cristiano Zanin por Lula e de Nunes Marques e André Mendonça por Bolsonaro. E há o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que esteve fora dos holofotes, mas segue concentrando o poder nas indicações de seus aliados do Centrão a postos no governo, enquanto aprova ou segura matérias econômicas. Participaram do debate o editor-chefe de MR, André Vargas, e os editores Rodrigo Dias e Lorena Giron.

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