“Protetora da Amazônia” está ao lado de físicos, biólogos, médicos e bioquímicos que lutam contra malária, obesidade, câncer e fraude científica

Por seu relevante papel na redução do ritmo da devastação da floresta amazônica, a ministra do do Meio Ambiente, Marina Silva, foi apontada com pela revista Nature uma das 10 personalidades da Ciência em 2023. A escolha foi divulgada nesta quarta-feira (13), no encerramento da 28ª Conferência do Clima da ONU, em Dubai.

Chamada de “Protetora da Amazônia” pela publicação, seu trabalho foi considerado fundamental  “em um ano que trouxe implacáveis más notícias ambientais, com aquecimento global recorde, ondas de calor escaldantes e incêndios”. Sua escolha foi justificada a partir do anúncio, em agosto, das redução em 43% nos alertas de desmatamento na Amazônia Brasileira no primeiros sete meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2022. “Esta foi uma mudança acentuada em relação aos quatro anos anteriores, que registaram um aumento acentuado neste tipo de alertas”, afirma seu perfil na revista.

Chefe da delegação brasileira na COP28, a ministra afirmou a homenagem foi oportuna no dia do primeiro acordo internacional para transição de combustíveis fósseis. “É um esforço da humanidade, né? Então, eu sinto como uma homenagem à própria ciência. Porque todas as pessoas que trabalharam considerando o que diz a ciência fizeram esforços para que se tivesse, em um determinado momento – que infelizmente demorou 31 anos – se considerasse a eliminação de combustíveis fósseis. Porque a ciência já estabeleceu esse diagnóstico há 31 anos. E nós ficamos cuidando da febre, cuidando da dor de cabeça, cuidando de outras coisas”, afirmou.

Marina Silva está bem acompanhada

• Katsuhiko Hayashi – Biólogo da Universidade de Osaka que criou em laboratório um filhote de camundongo gerado a partir das células de dois genitores machos;
• Annie Kritcher – Física atômica dos EUA que desenvolve estudos para a geração de energia
• segura, limpa e quase ilimitada.
• Eleni Myruvili – Grega, foi a primeira chefe global do escritório de aquecimento das Nações Unidas.
• Ilya Sutskever – Americano, o cientista chefe da OpenAI é um dos principais no desenvolvimento acelerado dos grandes modelos de linguagem (LLM, na sigla em inglês) para inteligência artificial (IA), o que culminou no surgimento do ChatGPT.
• James Hamlin – Físico americano que ganhou destaque ao desmontar as alegações de que a supercondutividade era possível em temperaturas ambiente.
• Svetlana Mojsov – Bioquímica sérvia única reconhecida pela descoberta do GLP-1, hormônio essencial para o desenvolvimento dos novos medicamentos antiobesidade Ozempic, Wegovy e Mounjaro.
• Halidou Tinto – Diretor de ensaios clínicos contra a malária, em Burkina Faso, teve a vacinas testada R21 recomendada pela OMS.
• Thomas Powles – Médico britânico que testou duas novas drogas contra o câncer de bexiga, para essa doença e foi capaz de estender o tempo médio de sobrevida dos pacientes de 16 meses para 30 meses.