Curta as férias com as leituras mais comentadas do ano – e algumas do próximo
O ano de 2023 está chegando ao fim e, com ele, a oportunidade de aproveitar as férias para ler aqueles livros que ficaram na sua lista de desejos. Se você deixou de ler algum livro importante neste ano, não se preocupe: ainda dá tempo de recuperar o atraso.
Separamos alguns dos melhores
“Not the End of the World“, de Hannah Ritchie
Ainda sem publicação no Brasil, o livro discorre sobre como podemos ser a primeira geração a construir um planeta sustentável. Investigadora principal do Our World in Data, Hannah Ritchie utiliza dados para contar uma história contra-intuitiva que contradiz os cenários apocalípticos sobre o clima e outros tópicos ambientais, sem encobrir os desafios.
“Engenheiro fantasma“, de Fabrício Corsaletti
Neste inusitado e extremamente inventivo volume de poemas, Fabrício Corsaletti veste a máscara de Bob Dylan e narra uma temporada de exílio voluntário que o genial letrista norte-americano teria supostamente vivido em Buenos Aires em algum período não-especificado deste século. O livro ganhou o prêmio Jabuti 2023 nas categorias Poesia e Livro do ano.
“As pequenas chances“, de Natalia Timerman
Em As Pequenas Chances, Timerman explora a tensão entre a ficção e a vida, desfiando as lembranças que envolveram a morte de seu pai e o nascimento de seu primeiro filho: “parir é partir: ir embora de si mesma, e então poder chegar de novo depois de morrer”. As páginas desta obra esculpem um caminho sinuoso que vai do luto profundo à celebração da vida, no qual as lembranças e o amor se entrelaçam como fios de um tecido emocionalmente denso.
“Invention and Innovation: A Brief History of Hype and Failure”, de Vaclav Smil
Neste livro, Smil contraria a opinião de que a era atual é a mais inovadora da história humana, escrevendo que, na verdade, ela mostra “sinais inequívocos de estagnação técnica e desaceleração dos avanços”.
“Não Fossem as Sílabas do Sábado“, de Mariana Salomão Carrara
Escolhido como o melhor romance do Prêmio São Paulo de Literatura 2023, Não Fossem as Sílabas do Sábado , de Mariana Salomão Carrara, conta a história de Ana, a narradora, e Madalena – duas vizinhas que têm sua história entrelaçada depois de um trágico episódio que deixou as duas viúvas ao mesmo tempo. Trata-se de uma bela reflexão sobre vida e impermanência. Sobre o que fica de quem vai embora, maternidade, depressão e privilégio. Sobre se abrir ao outro – e acolher o outro. Sobre o tempo de sofrer e o tempo de viver.
“A canção da célula: as descobertas da medicina e o novo humano“, de Siddhartha Mukherjee
Escrito por um oncologista e autor vencedor do Prêmio Pulitzer, o livro começa explicando como a vida evoluiu a partir de organismos unicelulares e depois mostra como cada doença humana ou consequência do envelhecimento se resume a algo errado com as células do corpo.
“Saia da frente do meu sol”, de Felipe Charbel
Romance especulativo, uma biografia fotográfica e, ao mesmo tempo, um relato autobiográfico, a obra de Felipe Charbel passeia entre os gêneros para contar a história das lembranças do autor sobre o soturno tio-avô que vai morar em sua casa. O livro busca entender em profundidade quem era esse homem.
“Penélope dos Trópicos“, de Luciana Hidalgo
Luciana Hidalgo ganhou o Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional na categoria romance com Penélope dos Trópicos, uma obra inspirada na personagem da Odisseia, de Homero. Aqui, ela é uma mulher de 30 anos que vive seu tempo com inteligência, coragem e humor, enfrenta a polícia em manifestações contra neofascistas, inventa projetos utópicos para reduzir a desigualdade social e procura o amor.
“O céu para os bastardos”, de Lilia Guerra
O livro traz a história de uma trabalhadora doméstica brasileira que, vivendo na periferia, ocupa o centro da vida social graças à sua sensibilidade, simpatia e humanidade. É um romance sobre o sentido da emoção e da inteligência na realidade mais cotidiana. Num tom de crônica sobre a periferia, trazendo muito mais do que as questões graves que assolam esse espaço social, dando lugar para a delicadeza e o registro cômico, Lilia Guerra constrói aqui um riquíssimo painel da vida brasileira.
“Outono de Carne Estranha“, de Airton Souza
Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura como o melhor original de autor estreante em romance, Outono de Carne Estranha se passa na Serra Pelada dos anos 80 e tem como protagonistas dois garimpeiros em uma relação homoafetiva. O livro retrata as comunidades da região, mostra o poder do Estado na época e o preconceito com relação a quem era diferente.
“A mais recôndita memória dos homens”, de Mohamed Mbougar Sarr
Neste romance magistral, vencedor do prêmio Goncourt e traduzido para mais de trinta idiomas, Mohamed Mbougar Sarr se inspira numa história verídica para construir um romance de formação e de aventura que celebra a literatura. O romance acompanha a trajetória de um jovem escritor senegalês que descobriu um livro publicado na primeira metade do século XX por um escritor que desapareceu sem deixar vestígios. Saiba mais no programa.
“Os Perigos do Imperador: Um Romance do Segundo Reinado“, de Ruy Castro
Retorno de Ruy Castro, um dos mais conhecidos biógrafos brasileiros, à ficção, Os Perigos do Imperador: Um Romance do Segundo Reinado conta uma trama policial vivida no Rio de 1870 e tem como protagonista Dom Pedro II. Unindo imaginação e reconstituição histórica, o autor coloca o imperador como alvo de uma conspiração antimonarquista em uma saga que conta com personagens reais e fictícios. O romance ganhou o Prêmio Jabuti na categoria romance literário.
“Poder camuflado“, de Fabio Victor
Prêmio Jabuti na categoria Biografia e Reportagem, Poder Camuflado: Os Militares e a Política, Do Fim da Ditadura à Aliança com Bolsonaro, do jornalista Fabio Victor, analisa as relações entre os civis e Forças Armadas na República e mostra como a questão militar ainda representa um dos maiores desafios para o equilíbrio das instituições na sociedade brasileira.
“Humanamente Digital: Inteligência Artificial Centrada no Humano“, de Cassio Pantaleone
A Inteligência Artificial, em 2023, atingiu um novo patamar, e foi assunto para muita discussão com a popularização da IA generativa O livro reflete sobre as semelhanças entre a maneira como os seres humanos e a inteligência artificial funcionam. Também, o livro comenta sobre a necessidade de um foco hmanamente digital, ético e responsável.
“O que sobra“, de príncipe Harry
Nesta obra controversa, o Duque de Sussex conta momentos marcantes de sua vida, desde a morte da sua mãe, a princesa Diana, em 1997, até a despedida de sua avó, a rainha Elizabeth II. Ele faz revelações nos mínimos detalhes, nunca contadas, sobre certas situações.
“Faça seus negócios trabalharem por você”, de Stanley Bittar
Com uma história de mais de vinte e cinco anos de empreendedorismo, Stanley Bittar percebeu que existe um padrão que se repete nas empresas que se mantêm ativas e lucrativas: elas fazem parte de um ecossistema e se retroalimentam positivamente. Segundo o autor, foram diversos desafios e conquistas até chegar ao método que mudou a vida dele: o Stanley’s Ecosystem, um passo a asso preparado para mudar de nível nos negócios.
Respostas de 2
Gostei muito do livro finalista do Prêmio Jabuti “ As Vozes da minha Cabeça “ de S. Ganeff, leitura gostosa para férias e tirar o estresse.
Na boa, só tem lixo aí