Estudo mostrou que apenas um terço dos entrevistados (33%) menciona que os benefícios dados pelas empresas são “únicos” e atendem as necessidades
Pesquisa realizada pela Betterfly, plataforma de benefícios corporativos e a Criteria, empresa chilena de pesquisa, com 3.386 profissionais de seis países da América Latina, incluindo o Brasil, revelou que a maioria dos trabalhadores (67%) considera que os benefícios oferecidos pelos empregadores não atendem às suas necessidades e dos familiares (62%), além de não terem impacto na qualidade de vida (61%).
O estudo, realizado em julho de 2023, mostrou que apenas um terço dos entrevistados (33%) menciona que os benefícios dados pelas empresas são “únicos” e atendem às necessidades. O maior desafio em relação ao setor está relacionado à diferenciação e personalização. A maior parte diz que não tem auxílios especiais ou exclusivos para suas individualidades.
É necessário que as organizações caminhem em direção a vantagens corporativas que possam ser ajustadas de acordo com a diversidade dos trabalhadores. Há exigências diferentes, de acordo com variáveis como ciclo de vida, gênero e condições pessoais.
Da amostra pesquisada, a maior parcela é de mulheres (51%), de 29 a 40 anos (46%), e 35% ocupam cargos de gestão ou supervisão.
Diante do resultado do estudo, o diretor geral da Betterfly no Brasil, João Kohn, recomenda que as empresas pratiquem a escuta ativa e ouçam os funcionários sobre suas necessidades. Muitas vezes, a cesta de recursos é mal comunicada, o que resulta em uma baixa valorização e no pouco uso.
“Operar com um ‘pool’ gigantesco de provedores de benefícios não garante, necessariamente, satisfação”, avalia Kohn. “Em uma mesma equipe, é possível ter quem gosta de [auxílios ligados a] saúde mental, proteção financeira ou exercícios físicos.”