Equipamentos só poderão ser fabricados e comercializados se atenderem a um padrão de consumo de energia mais restrito
A nova regra do Ministério de Minas e Energia (MME) entra em vigor nesta quinta-feira (2) com o objetivo de aumentar a eficiência energética de geladeiras e congeladores no Brasil. A partir de agora, os novos modelos desses equipamentos só poderão ser fabricados e comercializados se atenderem a um padrão de consumo de energia mais restrito.
A resolução do MME estabelece que, em 2024 e 2025, o máximo de consumo de energia permitido para geladeiras será de 85,5% do que a norma considera como padrão atualmente. Já em 2026 e 2027, o patamar será ainda mais rígido.
Com a nova regra, a expectativa é que o consumo de energia elétrica dos refrigeradores e congeladores no Brasil seja reduzido em 17% até 2030. Isso equivaleria a dez meses de consumo de eletricidade dos serviços públicos de água, saneamento e esgoto do país.
Preços podem subir
A indústria de eletrodomésticos teme que a nova regra leve ao aumento dos preços dos refrigeradores. De acordo com a Eletros, associação que representa o setor, os modelos adequados às novas regras não custam menos de R$ 4 mil.
O MME, no entanto, rebateu essa alegação. Em nota divulgada neste mês, o ministério disse que os equipamentos que seriam descontinuados em 2026 são uma fração pequena do mercado e que a própria Eletros teria informado ao ministério que a estimativa de aumento de preço seria em torno de R$ 350 frente ao que é praticado no mercado atualmente.
Economia na conta de luz
Os defensores da nova regra argumentam que a economia na conta de luz vai compensar, no longo prazo, o custo mais alto dos refrigeradores. De acordo com estudos realizados pela Clasp, ONG americana também integrante da Rede Kigali, a resolução deve trazer uma economia aos consumidores de R$ 174 a R$ 822 ao longo da vida útil do refrigerador.